Alimentação fora do lar deve crescer mais de seis vezes acima do PIB

Mercado de produtos e serviços para refeição fora de casa deve crescer 13% este ano, apesar da crise internacional, e sustenta investimentos em iguarias e restaurantes

Com faturamento estimado em R$ 238 bilhões em 2012, 13% superior ao registrado no ano passado, o mercado de alimentação fora do lar deve crescer mais de seis vezes acima do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, previsto para fechar abaixo de 2%. O dinamismo que permitiu expansão anual do setor acima dos dois dígitos nos últimos cinco anos perdeu ritmo diante do crescimento de 17% registrado no ano passado. O cenário de desaceleração econômica, porém, não impediu que o mercado conhecido como food service (serviço de alimentação) crescesse 11% no primeiro semestre. As expectativas agora recaem sobre o desempenho dos últimos seis meses.

Na expectativa de aumentar em oito vezes o número de clientes, a Plena Alimentos não poupa investimentos para crescer a reboque do comportamento cada vez mais usual entre as famílias de comer fora de casa. Há 10 meses investiu R$ 6 milhões para implantação de uma divisão voltada apenas para o fornecimento de carnes bovinas e derivados para o segmento de food service. “De lá para cá quadruplicamos o número de clientes que passou de 500 para os atuais 2 mil na Grande BH. Em um ano, esperamos chegar a quatro mil”, estima Cássio Silva, diretor de negócios da Plena Alimentos. Para atender a uma carteira de compradores cada vez mais exigente, a empresa prepara novo aporte de R$ 3,5 milhões voltado para desenvolvimento de novos produtos. “Esperamos que o faturamento do mercado de food service, hoje equivalente a 10%, chegue a 40% em dois anos”, afirma.
De “boca cheia” Mercado não deve faltar. Há dois meses, o empresário Leonardo Marques inaugurou o serviço de comida a quilo no Boteco da Carne, estabelecimento que até então funcionava apenas à noite. “Sem nenhuma propaganda já atingimos, em 60 dias, a capacidade máxima de refeições servidas diariamente”, conta o sócio da casa e dos restaurantes Costelaria Monjardim e Gonzaga Butiquim. São, em média, 200 pratos vendidos diariamente. “O que nos motivou a oferecer o self-service foi o necessidade de crescimento e a oportunidade de atender a forte demanda deste mercado”, explica Leonardo.

Mercado promissor

De olho neste movimento, a Rede Gourmet, grupo que agrega nove estabelecimentos em BH, abriu há dois meses uma nova unidade da Pizzaria Olegário, desta vez na Savassi. “Acabamos de investir cerca de R$ 400 mil na segunda filial da Olegário Express. No início, vendemos de 50 a 60 pratos por dia. Agora, chegamos a 150”, afirma o diretor de operação, Pedro Martins da Costa. “Já estamos chegando no limite da casa para serviço de almoço”, acrescenta o empresário. O resultado foi alcançado em tempo recorde. “A nossa estimativa é de que chegaríamos a este volume em seis meses, mas aconteceu na metade do tempo”, observa Pedro.

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
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