Boas Práticas de Manipulação: Por que implantar?

Boas Práticas de Manipulação: Por que implantar?
 

Uma alimentação saudável deve atender principalmente aos aspectos nutricional e higiênico-sanitário, sendo este último de importância relevante.
por: Tereza Cristina Avancini de Almeida
Engenheira de Alimentos da Coordenadoria de Vigilância em Saúde
Secretaria de Saúde / Prefeitura Municipal de Campinas




Cada vez mais as pessoas estão tendo que se alimentar fora de casa. Os resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF, realizada em 2002 e 2003 pelo IBGE, com representatividade para todo o país e grandes regiões, revelam características das despesas mensais das famílias brasileiras e dados detalhados sobre os gastos com alimentação. O perfil das despesas com alimentação indica mudanças no comportamento das famílias brasileiras em relação ao local de realização das principais refeições. Quase um quarto da despesa média mensal familiar com alimentação é destinado a refeições fora de casa. O percentual na área urbana (26%) é o dobro do encontrado na área rural (13%). Cabe observar que o item de maior peso na alimentação fora do domicílio é o almoço e o jantar, responsável por 10% do total da despesa familiar com alimentação no Brasil, chegando a 37% entre as classes de rendimento mais alto. Tais resultados confirmam a tendência do brasileiro em fazer suas refeições fora de casa, o que ressalta a importância da promoção da alimentação saudável nas instituições e estabelecimentos comerciais do ramo da alimentação (1).

Assim, uma alimentação saudável não deve provocar nenhum mal estar, intoxicação ou toxinfeccão alimentar no consumidor, e oferecer essa segurança ao consumidor só é possível com a implantação de boas práticas de manipulação nos chamados serviços de alimentação como: cantinas, bufês, comissárias, confeitarias, cozinhas industriais, cozinhas institucionais, delicatéssens, lanchonetes, padarias, pastelarias, restaurantes, rotisserias e congêneres, etc.

O que são Boas Práticas?

Boas Práticas são procedimentos que devem ser adotados por serviços de alimentação a fim de garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos com a legislação sanitária (2). São práticas de higiene que devem ser obedecidas pelos manipuladores desde a escolha e compra dos produtos a serem utilizados no preparo do alimento até a venda para o consumidor (3).


Ou seja, envolvem todas as etapas de trabalho: Escolher insumos e matérias primas de procedência conhecida, armazenar os produtos na temperatura indicada pelo fabricante, cozinhar bem os alimentos; guardar as sobras de maneira correta, reaquecer bem os alimentos cozidos; evitar o contato entre o alimento cru e o cozido; lavar as mãos constantemente, manter limpas todas as superfícies da cozinha, manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais; evitar acumular lixo na cozinha, limpar a caixa d´água pelo menos a cada seis meses, entre outras. Não se esquecendo das instalações que devem ser planejadas para evitar contaminações.

O que é Manipulação de alimentos?

Operações efetuadas sobre a matéria-prima para obtenção e entrega ao consumo do alimento preparado, envolvendo as etapas de preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e exposição à venda (2).

Quem são os Manipuladores de alimentos?

É a pessoa que lava, descasca, corta, rala, cozinha e prepara os alimentos (3). E também qualquer pessoa do serviço de alimentação que entra em contato direto ou indireto com o alimento (2). Ou seja, aquele gerente que entra e sai toda hora na cozinha, aquele dono de padaria que só na hora da correria ajuda a cortar os frios ou preparar um suco…….. Todos têm que estar, no mínimo, com as mãos devidamente higienizadas, roupa limpa e touca na cabeça e conhecer as boas práticas.

Onde se informar sobre o assunto?

A Resolução RDC 216 de 15/09/2004 e Portaria CVS 6 de 10/03/1999, são ótimas fontes e podem ser encontradas nos sites www.anvisa.gov.br e www.cvs.sp.gov.br, respectivamente. Além disso, há várias instituições e profissionais autônomos que dão cursos de capacitação em boas práticas. A Coordenadoria de Vigilância em Saúde de Campinas tem alguns cadastrados e as informações estão disponíveis no site: www.campinas.sp.gov.br/saude

Por que implantar boas práticas, afinal?

Só porque a Vigilância Sanitária exige? NÂO! O objetivo das Boas Práticas de manipulação é evitar a ocorrência de doenças provocadas pelo consumo de alimentos contaminados (2).

As doenças transmitidas por alimentos são responsáveis atualmente pela maior parte dos surtos de diarreia em quase todos os países. O desenvolvimento econômico e a globalização do mercado mundial, as alterações nos hábitos alimentares, com a crescente utilização de alimentos industrializados ou preparados fora de casa, alteraram o perfil epidemiológico dessas doenças, expondo a população a vários tipos de contaminantes. Dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) para o período de 1999 a 2002 mostram que cerca de 60% dos surtos de diarreia ocorridos no Estado de São Paulo foram veiculados por alimentos. Apesar de o principal local de ocorrência ser ainda o domicílio (cerca de 20%), restaurantes, refeitórios, bufês e outros serviços de alimentação têm sido responsáveis por um importante percentual de surtos de diarreia ou toxinfecções alimentares (4).

Considerando, ainda, que é conhecido que o fator desemprego tem contribuído para o aumento crescente de algumas modalidades de prestação de serviços comerciais de alimentação, dentre elas comida de rua e mesmo bufês, apesar da legislação vigente, são inúmeros os estabelecimentos ou pessoas físicas que ingressam nesse ramo. E permanecem não apenas como clandestinos, mas desconhecendo as boas práticas de fabricação, preparação, manipulação de alimentos e os fatores de risco e perigos, o que constitui importante desafio para o controle sanitário (4).

Dentre os principais fatores responsáveis por surtos de toxinfecção alimentar, devemos destacar (5):

• Práticas inadequadas de higiene, manipulação e armazenamento;

• Pessoas infectadas, principalmente manipuladores;

• Limpeza e desinfecção deficiente de equipamentos e utensílios;

• Contaminação cruzada (alimento cru/cozido);

• Alimentos perecíveis armazenados em temperatura ambiente;

• Alimentos esfriados em panelas grandes;

• Inadequada conservação a quente;

• Descongelamento inadequado;

• Aquecimento ou cocção insuficiente;

• Reaquecimento insuficiente;

• Utilização de alimentos vencidos.

De quem é a responsabilidade?

DE TODOS. Não é só dos manipuladores, não. É do proprietário que deve se preocupar em dar condições adequadas de trabalho e em manter os manipuladores capacitados passando por reciclagens periódicas; do gerente ao conhecer as normas de boas práticas e cobrar o cumprimento das mesmas pelos manipuladores; do responsável pelas compras ao checar a qualidade higiênico-sanitária dos insumos não se preocupando somente com o preço, e até do pessoal da limpeza.

Quem se propõe a trabalhar no ramo de alimentação deve ter consciência da sua responsabilidade sobre a saúde das pessoas. É preciso capacitar-se, como em qualquer outra profissão. Os cuidados ao preparar um sanduíche no mais simples dos botecos ou uma refeição no mais sofisticado dos restaurantes não devem ser diferentes.  Sabemos que o aspecto financeiro é muito importante, porém não é justo querer lucrar em cima da saúde dos outros. Conhecimentos de planejamento e administração ajudam a evitar desperdícios e assim, obter lucro.

O bom profissional se preocupa em oferecer um alimento que além de gostoso e com preço justo, não vá provocar nenhuma doença ou mal estar no meu cliente. Ele se importa com a saúde das pessoas que frequentam o seu restaurante e está preocupado em manter o bom nome do meu empreendimento.

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
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Criação do Cardápio

CRIAÇÃO DO CARDÁPIO

Para se fazer uma criação de cardápio, deve-se levar em conta :




1 – conceito / público alvo / concorrência

A criação do cardápio começa conhecendo-se o conceito a ser elaborado

Exemplos : bar com petiscos mexicanos; restaurante francês com foco em peixes; cantina italiana; fast food de hambúrguer etc.

Para cada tipo de restaurante, o cardápio tem que ter um estilo. Não basta apenas criar boas receitas, elas tem que estar relacionadas ao conceito da casa.

É necessário também, conhecer o público alvo. Para cada tipo de público, você tem uma maneira de executar uma receita. Sabendo como é o público é que escolhemos uma linha ou outra de trabalho.

Ex 1: um sanduíche pode ser servido com talheres ou para comer com as mãos, cada tipo tem seu público.

Ex 2: uma massa pode se servida em pratos individuais ou em travessas que vem a mesa para ser dividido entre duas ou três pessoas. Para as duas maneiras existem público.

Para criar um cardápio e necessário observar também a concorrência para se conhecer o que é mais consumido pelo público, saber os preços praticados, criar pratos diferenciados, conhecer estilos variados de trabalho.

2 - equipamentos existentes na cozinha

A criação do cardápio deve ocorrer paralelamente a estruturação da cozinha. É fundamental criar receitas baseada nos tipos de equipamentos existentes. O foco do cardápio deve estar com os principais equipamentos de cozinha porque esses irão proporcionar uma melhor condição de trabalho

3 - Quantidade de itens no cardápio

Um cardápio com poucos itens é bom para a casa por causa do baixo custo de estoque porém deixa o cliente sem muita opção de escolha. Um cardápio com grande variedade de itens é bom para o cliente porém prejudicial a casa por gerar um grande numero de itens no estoque. Além disso, um grande numero de pratos pode levar a casa a perder o foco inicial (conceito inicialmente proposto) e deixar o cliente sem saber exatamente qual a especialidade do restaurante.

Quando criamos um cardápio temos como objetivo conseguir fazer o maior número de pratos com o menor numero de itens em estoque sem esquecer do conceito.

Os ingredientes devem servir para mais de um preparo porque da a possibilidade de criar um maior numero de itens; além disso, não há perda do produto caso aquele prato não venda já que o ingrediente está também em outra receita

4 - tempo de preparo

Em média uma prato não deve demorar mais do que 15 minutos, por isso, é importante que todos os itens do cardápio tenham um tempo semelhante de preparo para que possam chegar ao mesmo tempo na mesa e o cliente não espere um tempo maior que o esperado. No caso de um prato especial que tenha um tempo diferente dos demais, deve ser feito um comunicado por escrito no cardápio ou excluí-lo para não prejudicar o andamento do serviço.

Para se conseguir um resultado satisfatório no tempo de preparo, é importante que o chef de cozinha faça de maneira adequada o mise en place (pré preparo), caso contrário a cozinha não irá cumprir os prazos adequados

5 - Perecibilidade dos itens pré preparados

Quando criamos um cardápio, não sabemos quanto será sua venda. Para que possamos executar os preparos em um tempo adequado, realizamos o pré preparo de todos os itens e apenas finalizamos na hora do pedido. Se o item não vende, perdemos o preparo.

Assim é importante analisar as vendas após a implantação para se for o caso excluir itens que estão sendo desperdiçados por falta de consumo

6 - custo dos ingredientes

Todo cardápio é baseado em um custo; temos sempre um preço de venda do prato para nos guiar, logo, não podemos usar ingredientes sem nos preocupar com seu preço. As receitas precisam ser comercialmente viáveis, desta forma. deve ser analisada a viabilidade de todos os ingredientes mesmo se esse for uma solicitação do cliente.

7 - ficha técnica

Após criado o cardápio e as receitas, fazemos as fichas técnicas dos pratos.

A função da ficha técnica é ter o custo do prato para que se possa manter um padrão nos preparos e calcular o preço de venda.

A ficha técnica possibilita o acompanhamento dos pratos com relação a porcionamento, modo de preparo, apresentação, rendimento dos produtos.

O que deve ter uma ficha técnica :
- receita
- modo de preparo
- rendimento dos ingredientes ( cálculo de perda na manipulação )
- quantidade de cada ingrediente no preparo
- foto do prato montado

Cada item do cardápio deve ter sua ficha técnica para possibilitar um melhor controle de custo e qualidade durante dia-dia da casa

8 - Preço de venda

Calcula-se o preço de venda baseado nos valores fornecidos pela ficha técnica e demais despesas da casa como folha de pagamento, aluguel, despesas fixas, variáveis etc.

É importante que os pratos tenham preços de venda semelhante para possibilitar a venda de todos os itens e não apenas dos mais baratos

Leonardo Botelho Estrela
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MÓVEIS: TÃO IMPORTANTES QUANTO A REFEIÇÃO !

:: MÓVEIS: TÃO IMPORTANTES QUANTO A REFEIÇÃO !
Patrícia Xavier

Entenda por que a escolha dos móveis requer cuidados especiais

Escolher os móveis para o restaurante não é uma tarefa simples. Além do conforto para o cliente, é preciso levar em conta a funcionalidade, a facilidade de reposição e manutenção, sem falar no visual que se quer criar. Além dos móveis que fazem parte dos catálogos, existem aqueles específicos para cada cliente, quando solicitado, com o uso de um material diferenciado.

Mas antes de começar a mudança, algumas dicas são importantes. Osvaldo Santana, da área de vendas da fabricante de móveis Piovezana, de São Paulo, diz que a principal preocupação dos clientes é em relação à qualidade do produto, depois vem o preço. "O investimento tem de ser feito com cautela porque os móveis precisam ter durabilidade", recomenda. A empresa fabrica móveis de madeira e aço tubular. Os tampos para mesas mais pedidos são os de mármore sintético. "Esse material tem boa durabilidade, tem proteção contra raios ultravioleta e além disso é fácil de limpar e não escurece", afirma.



A praticidade no uso também é uma das vantagens apontadas por Wilson Gruman, proprietário da Thonarte, em São Paulo. "O tampo da mesa, a maioria de madeira, recebe um acabamento com verniz poliuretano antimanchas, o que oferece a condição de não se usar toalha", diz. A fábrica da Thonarte produz mesas, cadeiras, aparadores e balcões para restaurantes. "Temos mesa com pé central de madeira ou ferro ou com quatro pés nos cantos e oferecemos mais de 20 tipos diferentes de base. Em relação às cadeiras, nós utilizamos uma técnica única de vergar a madeira, o resultado são linhas mais leves para móveis, com mais curvatura e, além disso, que podem suportar pessoas com diferentes pesos", explica.

Para uso externo, o cliente pode escolher cadeiras de madeira, alumínio ou ferro. Em relação a preços, Wilson prefere não dar exemplos de orçamentos, mas passa algumas dicas. "O começo de ano é bom para comprar por causa das promoções. Além disso, o preço de atacado é mais barato que o de varejo". E na hora de optar pelo melhor fornecedor, uma dica é atentar ao conselho do proprietário da loja de móveis. "Tem de escolher quem oferece produto com finalidade de uso em restaurante, muitos vendem móveis que são adequados para uso doméstico e não comercial." Mesmo com tantos pontos a observar, a escolha direta do fornecedor pode ser uma opção, mas muitos preferem a ajuda de profissionais.

Um exemplo é o restaurante Floriano, no Itaim Bibi, bairro da capital paulista, que contratou um arquiteto para mudar o ambiente. Os móveis escolhidos pelo arquiteto Sérgio Ortiz ajudam a formar a personalidade do local. "Queríamos transmitir um conceito de modernidade e descontração", explica. O amplo salão tem espaço para 136 pessoas. A opção foi pela escolha de móveis e utensílios fáceis de limpar e de repor e que não perdessem a utilidade nos diferentes horários de funcionamento do restaurante. "À noite, a mesa usada para o buffet quente no almoço pode abrigar 12 pessoas. Durante o dia é só recolher os bancos embaixo da mesa. E a mesa onde são servidas as sobremesas no almoço é usada como aparador no jantar", diz o arquiteto. As mesas do salão têm base de ferro com pintura preta e tampos de madeira de demolição. As cadeiras são de madeira laqueada alto brilho e estrutura de ferro.

Na área externa, bem à frente do restaurante, mais 42 mesas criam uma extensão do Floriano, em um espaço parecido com o de uma praça de alimentação de shopping center. O arquiteto Sérgio Ortiz pediu autorização para a administração do local para colocar mesas diferenciadas. "O mobiliário leva o mesmo conceito da casa, mas é de plástico com estrutura de alumínio para suportar a chuva e o vento." Na hora da escolha, a preocupação com a facilidade em lidar com os móveis e com a necessidade de reposição. "As bases das mesas são de linha comercial e os tampos foram desenhados de acordo com a intenção de encaixe da toalha. As cadeiras foram selecionadas em lojas de design com o objetivo de criar um ambiente diferenciado. Tanto as mesas quanto as cadeiras são empilháveis, característica fundamental para facilitar o manuseio e a limpeza do salão", explica Ortiz.

Com larga experiência em decoração de restaurantes, Sérgio recomenda uma revisão da decoração a cada dois ou três anos. E aconselha: "Mais do que conhecer o público, é preciso saber qual que se quer atrair para o restaurante. A pessoa pode escolher os móveis em um catálogo, mas fica tudo igual".

Ao elaborarem o projeto do restaurante Trindade, também no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, os arquitetos Miguel Vigil e Toninho Noronha foram buscar os móveis na Região Sul do País. A preocupação foi conferir praticidade. "As cadeiras são de uma fábrica que trabalha para restaurantes, então a coisa mais simples é encomendar outra, caso uma delas quebre. Os estofados foram feitos em módulos; se alguém está fumando, e o cigarro cai e queima o tecido, tem outro módulo para substituir", diz Vigil. Na opinião dele, é preciso analisar outras questões antes de escolher os móveis. "Existem várias soluções, é preciso saber qual é o público que o restaurante quer atingir e quantas pessoas vai atender."

Para criar o ambiente do restaurante com os móveis desejados, existem fornecedores espalhados por todo o País. Para fazer a escolha, sozinho ou com a ajuda de um profissional, é bom pesquisar para comparar custos, qualidade do produto e prazos de entrega.

Leonardo Botelho Estrela
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Gestão Nota 10

GESTÃO NOTA 10

Uma empresa do setor supermercadista, como toda outra empresa, precisa de resultado: O seu lucro uma questão essencial para a sua perpetuação no mercado. São as pessoas que devem ter as ações voltadas para tal resultado; portanto, alguém precisa conduzi-las para este fim. Quem deve conduzir as pessoas de modo a fazer com que as metas sejam atingidas é o Gestor Nota 10 – isto é - o Gerente de Loja, o Encarregado de Setor ( Padaria, Açougue, Hortifruti, Frios e Laticínios, Mercearia, Depósito, etc), o RH, o Empresário.



Ter e ser um Gestor Nota 10 ou um RH estratégico, portanto, é liderar a equipe de colaboradores, provê-la de conhecimentos, atitudes e ferramentas para viabilizar uma operação de loja leve, funcional e um atendimento incrivelmente encantador. Somente focado nesta importante missão que os Gestores passarão a conduzir as pessoas rumo à multiplicação do potencial produtivo individual e corporativo.

Para que isso aconteça efetivamente, é importante que a própria empresa tenha bem definidas as diretrizes voltadas para o potencial humano da organização. A tecnologia já não é mais o diferencial de uma empresa para a outra. Hoje, ela só serve para equalizar uma companhia com a outra, devido à facilidade de copiá-la. O diferencial mesmo é o capital intelectual, praticamente impossível de ser copiado. Por outro lado, nem fábricas avançadas, equipamentos sofisticados, robôs ou tecnologia de ponta alteram a necessidade de adquirir, manter e reter colaboradores de desempenho superior.

A valorização estratégica dos colaboradores implica numa boa contratação de profissionais, num treinamento e desenvolvimento constante, considerando as tendências do mercado e as práticas das melhores empresas para se trabalhar,principalmente tendo em vista que em torno de 60% dos talentos humanos têm a sua primeira oportunidade de trabalho em um supermercado. O Plano de Carreira é a visão nítida do colaborador ( hoje estou aqui, mas poderei chegar até o alto escalão da empresa). O Acompanhamento e avaliação do desempenho ajudará profundamente a evolução do colaborador em sua trajetória profissional.

Os gestores e o Departamento de Recursos Humanos precisam conhecer o negócio do Supermercado e seu mercado de atuação para contribuir no desenho do perfil “ideal” dos profissionais com os quais a empresa quer trabalhar. Sendo assim, os Gestores também precisa participar ativamente já na definição das principais estratégias da companhia.
"Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor!” ( Johann Wolfgang Von Goethe)
A necessidade de líderes também é algo perene, pois, de certo modo, líderes são pontes para o futuro. Mas até por esse compromisso com o futuro, o perfil do líder está mudando. Nas empresas, por exemplo, às habilidades que o caracterizaram até então, somam-se outras, indispensáveis para tempos de mudanças. Está cada vez mais clara a distância entre gerente e líder.

Algumas características dos líderes se perpetuam através do tempo: a oratória, a coragem, as capacidades de envolver, de tomar iniciativas, de não curvar-se diante de adversidades, de perseverar.

Quebrar resistências é um dos grandes desafios dos líderes. “As pessoas fazem as coisas pelas causas delas. O líder é alguém capaz de fazer com que a causa da empresa esteja alinhada à causa das pessoas”, define. Para isso, saber lidar com o próximo será, mais que nunca, a grande habilidade do líder do futuro, em vez da obediência, envolvimento. No lugar da imposição, persuasão.

Mas dos papéis primordiais dos líderes hoje em dia é ser um paladino da mudança. O que quase nunca é fácil. Mudar exige que pessoas abandonem suas áreas de conforto. “Basta ter uma idéia nova, para tornar-se minoria

Ninguém gosta de respeitar pelo medo. Nos padrões modernos de liderança, a empresa tem condições de funcionar muito melhor. Quem ouve as pessoas, conhece as individualidades, sabe elogiar, consegue tirar o máximo delas”.

E haja talento para angariar o envolvimento alheio. Uma das formas mais eficazes ainda é por meio do exemplo. O esporte pode servir de analogia.

Nem sempre o capitão do time é o jogador mais habilidoso ( vide Dunga, capitão do tetra, ou mesmo Pelé, que nunca vestiu a braçadeira de capitão nas três Copas que venceu ), mas geralmente aquele capaz de relembrar ou mesmo despertar o significado da causa pela qual os companheiros estão ali, dedicando momentos de suas vidas.

Líder é aquele que desperta o sentimento de “estar no mesmo barco”. “As empresas têm de, cada vez mais, formar seus líderes para trabalharem no mercado. Só uma pessoa preparada para essa finalidade, vai dar à empresa os resultados desejados.

Extremamente raros os chamados líderes natos, aqueles abençoados com as qualidades de convencer, inspirar confiança, sensibilizar-se com o próximo, saber ouvir, atingir o coração e a mente das pessoas. “líderes bem-sucedidos na política, nos negócios, não nasceram líderes, mas aprenderam a se tornar um, praticaram, trabalharam duro e foram educados para isso”.
J.C. Bemvenutti expõe a sua visão da relação das pessoas com o líder e deste com a organização. “O mundo está ficando tão complexo e as mudanças tão rápidas que um par de olhos é pouco para acompanhá-las. São tantas as variáveis, as modificações, as particularizações que todas as pessoas precisam estar de olhos bem abertos, absorvendo e consolidando informações e as passando para o líder.

No G10 – Gestão Nota 10 – Pilar Recursos Humanos – desenvolvemos o conceito de liderança que "não há um estilo de .liderança que seja o melhor". As pessoas que estão em posições de liderança tornam-se mais eficazes quando utilizam " Tratamentos diferentes para Pessoas Diferentes ", ou seja, quando elas variam seu estilo em resposta às necessidades das pessoas que elas estão tentando gerenciar : às vezes, dirigindo e supervisionando atentamente as pessoas; outras vezes, oferecendo apoio e estímulo; e outras ainda, deixando os subordinados trabalharem a seu modo.

Três habilidades são requeridas para alguém que se torna um Líder : Flexibilidade, Diagnóstico e Acordo de Estilo de Liderança. Flexibilidade implica em que o líder seria capaz de utilizar uma variedade de estilos com naturalidade. Diagnóstico é a habilidade de "ler " a situação e de adaptar seu estilo às necessidades da situação. Acordo de Estilo de Liderança é um processo para chegar a um acordo sobre os objetivos de nossos colaboradores e o estilo de que eles precisam para alcançar estes objetivos.

O objetivo de um Líder é ir ao encontro das pessoas no ponto em que estão e dar-lhes a direção ou o apoio que elas acham que precisam, quando elas precisam.

Leonardo Botelho Estrela
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Treinamento de Cozinha e Salão

TREINAMENTO DE EQUIPE DE COZINHA



Antes de iniciar qualquer trabalho de cozinha, a equipe deve receber um treinamento sobre higiene e manipulação de alimentos. Todos os funcionários de cozinha devem conhecer itens como : porque se separa carnes de verduras na hora da manipulação e armazenamento, o que é uma contaminação cruzada, qual a temperatura de maior risco de procriação de bactérias nos alimentos, quanto tempo os alimentos prontos podem ficar fora da geladeira, como usar com segurança o banho-maria.

Só após termos certeza de que toda a equipe tem o conhecimento dos riscos e obrigações de se trabalhar com alimentos é que iniciamos o treinamento do cardápio.

Usando o exemplo do restaurante de massas, iniciamos o treinamento de cozinha definindo os setores de trabalho. Nesse caso teremos :
1 chef
2 cozinheiros ( um para massas outro para carnes )
1 ajudante de cozinha
1 ajudante para lavagem de pratos

Iniciamos o treinamento com o mise en place, ou seja, a equipe precisa antes do horário de abertura da casa, estar com os itens do cardápio pré preparados para que a finalização na hora do pedido não ultrapasse 15 minutos. Devem estar prontos : molhos, porcionamento de carnes e massas, sobremesas etc. Tudo deve estar porcionado para manter um padrão, evitar desperdícios e obedecer a ficha técnica. No momento do pedido, o prato deve ser apenas finalizado.

Após isso a equipe deve receber um treinamento para execução dos pedidos que deve ser dentro de um tempo. O tempo de preparo tem a mesma importância do sabor.

TREINAMENTO DE EQUIPE DE SALÃO

Da mesma maneira que a cozinha, os garçons e barman antes de começar o treinamento devem receber orientações sobre higiene pessoal ( fazer barba, uniforme limpo, cabelos presos etc ) e sobre limpeza do ambiente, o restaurante deve estar limpo e organizado para receber o cliente. Um estabelecimento que trabalha com alimentação não pode aparentar sujo e mal conservado.

O treinamento inicia-se com a divisão da equipe em praças; cada garçom deve ter um grupo de mesas para atender podendo assim dar um melhor atendimento ao cliente. Se não houver a divisão por setores, o serviço ficará sem direção e ineficiente.

Após a divisão dos setores os garçons devem fazer o mise em place, ou seja, organizar as mesas no salão, separar pratos, copos, talheres, galheteiros e demais utensílios par a abertura da casa

É fundamental que o profissional de atendimento conheça detalhadamente o cardápio. Jamais deve-se colocar um garçom para atender sem que ele conheça os pratos vendidos pelo restaurante. Ele deve saber dar sugestões e informação aos clientes.

O bom serviço não é um diferencial, é uma obrigação do restaurante. Mesmo se a comida for boa, um serviço ineficiente é um grande motivo para se perder um cliente.

Leonardo Botelho Estrela
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