:: MÓVEIS: TÃO IMPORTANTES QUANTO A REFEIÇÃO !
Patrícia Xavier
Entenda por que a escolha dos móveis requer cuidados especiais
Escolher
os móveis para o restaurante não é uma tarefa simples. Além do conforto
para o cliente, é preciso levar em conta a funcionalidade, a facilidade
de reposição e manutenção, sem falar no visual que se quer criar. Além
dos móveis que fazem parte dos catálogos, existem aqueles específicos
para cada cliente, quando solicitado, com o uso de um material
diferenciado.
Mas antes de começar a
mudança, algumas dicas são importantes. Osvaldo Santana, da área de
vendas da fabricante de móveis Piovezana, de São Paulo, diz que a
principal preocupação dos clientes é em relação à qualidade do produto,
depois vem o preço. "O investimento tem de ser feito com cautela porque
os móveis precisam ter durabilidade", recomenda. A empresa fabrica
móveis de madeira e aço tubular. Os tampos para mesas mais pedidos são
os de mármore sintético. "Esse material tem boa durabilidade, tem
proteção contra raios ultravioleta e além disso é fácil de limpar e não
escurece", afirma.
A praticidade
no uso também é uma das vantagens apontadas por Wilson Gruman,
proprietário da Thonarte, em São Paulo. "O tampo da mesa, a maioria de
madeira, recebe um acabamento com verniz poliuretano antimanchas, o que
oferece a condição de não se usar toalha", diz. A fábrica da Thonarte
produz mesas, cadeiras, aparadores e balcões para restaurantes. "Temos
mesa com pé central de madeira ou ferro ou com quatro pés nos cantos e
oferecemos mais de 20 tipos diferentes de base. Em relação às cadeiras,
nós utilizamos uma técnica única de vergar a madeira, o resultado são
linhas mais leves para móveis, com mais curvatura e, além disso, que
podem suportar pessoas com diferentes pesos", explica.
Para
uso externo, o cliente pode escolher cadeiras de madeira, alumínio ou
ferro. Em relação a preços, Wilson prefere não dar exemplos de
orçamentos, mas passa algumas dicas. "O começo de ano é bom para comprar
por causa das promoções. Além disso, o preço de atacado é mais barato
que o de varejo". E na hora de optar pelo melhor fornecedor, uma dica é
atentar ao conselho do proprietário da loja de móveis. "Tem de escolher
quem oferece produto com finalidade de uso em restaurante, muitos vendem
móveis que são adequados para uso doméstico e não comercial." Mesmo com
tantos pontos a observar, a escolha direta do fornecedor pode ser uma
opção, mas muitos preferem a ajuda de profissionais.
Um
exemplo é o restaurante Floriano, no Itaim Bibi, bairro da capital
paulista, que contratou um arquiteto para mudar o ambiente. Os móveis
escolhidos pelo arquiteto Sérgio Ortiz ajudam a formar a personalidade
do local. "Queríamos transmitir um conceito de modernidade e
descontração", explica. O amplo salão tem espaço para 136 pessoas. A
opção foi pela escolha de móveis e utensílios fáceis de limpar e de
repor e que não perdessem a utilidade nos diferentes horários de
funcionamento do restaurante. "À noite, a mesa usada para o buffet
quente no almoço pode abrigar 12 pessoas. Durante o dia é só recolher os
bancos embaixo da mesa. E a mesa onde são servidas as sobremesas no
almoço é usada como aparador no jantar", diz o arquiteto. As mesas do
salão têm base de ferro com pintura preta e tampos de madeira de
demolição. As cadeiras são de madeira laqueada alto brilho e estrutura
de ferro.
Na área externa, bem à
frente do restaurante, mais 42 mesas criam uma extensão do Floriano, em
um espaço parecido com o de uma praça de alimentação de shopping center.
O arquiteto Sérgio Ortiz pediu autorização para a administração do
local para colocar mesas diferenciadas. "O mobiliário leva o mesmo
conceito da casa, mas é de plástico com estrutura de alumínio para
suportar a chuva e o vento." Na hora da escolha, a preocupação com a
facilidade em lidar com os móveis e com a necessidade de reposição. "As
bases das mesas são de linha comercial e os tampos foram desenhados de
acordo com a intenção de encaixe da toalha. As cadeiras foram
selecionadas em lojas de design com o objetivo de criar um ambiente
diferenciado. Tanto as mesas quanto as cadeiras são empilháveis,
característica fundamental para facilitar o manuseio e a limpeza do
salão", explica Ortiz.
Com larga
experiência em decoração de restaurantes, Sérgio recomenda uma revisão
da decoração a cada dois ou três anos. E aconselha: "Mais do que
conhecer o público, é preciso saber qual que se quer atrair para o
restaurante. A pessoa pode escolher os móveis em um catálogo, mas fica
tudo igual".
Ao elaborarem o
projeto do restaurante Trindade, também no bairro do Itaim Bibi, em São
Paulo, os arquitetos Miguel Vigil e Toninho Noronha foram buscar os
móveis na Região Sul do País. A preocupação foi conferir praticidade.
"As cadeiras são de uma fábrica que trabalha para restaurantes, então a
coisa mais simples é encomendar outra, caso uma delas quebre. Os
estofados foram feitos em módulos; se alguém está fumando, e o cigarro
cai e queima o tecido, tem outro módulo para substituir", diz Vigil. Na
opinião dele, é preciso analisar outras questões antes de escolher os
móveis. "Existem várias soluções, é preciso saber qual é o público que o
restaurante quer atingir e quantas pessoas vai atender."
Para
criar o ambiente do restaurante com os móveis desejados, existem
fornecedores espalhados por todo o País. Para fazer a escolha, sozinho
ou com a ajuda de um profissional, é bom pesquisar para comparar custos,
qualidade do produto e prazos de entrega.
Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
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