Boas Práticas de Manipulação: Por que implantar?

Boas Práticas de Manipulação: Por que implantar?
 

Uma alimentação saudável deve atender principalmente aos aspectos nutricional e higiênico-sanitário, sendo este último de importância relevante.
por: Tereza Cristina Avancini de Almeida
Engenheira de Alimentos da Coordenadoria de Vigilância em Saúde
Secretaria de Saúde / Prefeitura Municipal de Campinas




Cada vez mais as pessoas estão tendo que se alimentar fora de casa. Os resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF, realizada em 2002 e 2003 pelo IBGE, com representatividade para todo o país e grandes regiões, revelam características das despesas mensais das famílias brasileiras e dados detalhados sobre os gastos com alimentação. O perfil das despesas com alimentação indica mudanças no comportamento das famílias brasileiras em relação ao local de realização das principais refeições. Quase um quarto da despesa média mensal familiar com alimentação é destinado a refeições fora de casa. O percentual na área urbana (26%) é o dobro do encontrado na área rural (13%). Cabe observar que o item de maior peso na alimentação fora do domicílio é o almoço e o jantar, responsável por 10% do total da despesa familiar com alimentação no Brasil, chegando a 37% entre as classes de rendimento mais alto. Tais resultados confirmam a tendência do brasileiro em fazer suas refeições fora de casa, o que ressalta a importância da promoção da alimentação saudável nas instituições e estabelecimentos comerciais do ramo da alimentação (1).

Assim, uma alimentação saudável não deve provocar nenhum mal estar, intoxicação ou toxinfeccão alimentar no consumidor, e oferecer essa segurança ao consumidor só é possível com a implantação de boas práticas de manipulação nos chamados serviços de alimentação como: cantinas, bufês, comissárias, confeitarias, cozinhas industriais, cozinhas institucionais, delicatéssens, lanchonetes, padarias, pastelarias, restaurantes, rotisserias e congêneres, etc.

O que são Boas Práticas?

Boas Práticas são procedimentos que devem ser adotados por serviços de alimentação a fim de garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos com a legislação sanitária (2). São práticas de higiene que devem ser obedecidas pelos manipuladores desde a escolha e compra dos produtos a serem utilizados no preparo do alimento até a venda para o consumidor (3).


Ou seja, envolvem todas as etapas de trabalho: Escolher insumos e matérias primas de procedência conhecida, armazenar os produtos na temperatura indicada pelo fabricante, cozinhar bem os alimentos; guardar as sobras de maneira correta, reaquecer bem os alimentos cozidos; evitar o contato entre o alimento cru e o cozido; lavar as mãos constantemente, manter limpas todas as superfícies da cozinha, manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais; evitar acumular lixo na cozinha, limpar a caixa d´água pelo menos a cada seis meses, entre outras. Não se esquecendo das instalações que devem ser planejadas para evitar contaminações.

O que é Manipulação de alimentos?

Operações efetuadas sobre a matéria-prima para obtenção e entrega ao consumo do alimento preparado, envolvendo as etapas de preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e exposição à venda (2).

Quem são os Manipuladores de alimentos?

É a pessoa que lava, descasca, corta, rala, cozinha e prepara os alimentos (3). E também qualquer pessoa do serviço de alimentação que entra em contato direto ou indireto com o alimento (2). Ou seja, aquele gerente que entra e sai toda hora na cozinha, aquele dono de padaria que só na hora da correria ajuda a cortar os frios ou preparar um suco…….. Todos têm que estar, no mínimo, com as mãos devidamente higienizadas, roupa limpa e touca na cabeça e conhecer as boas práticas.

Onde se informar sobre o assunto?

A Resolução RDC 216 de 15/09/2004 e Portaria CVS 6 de 10/03/1999, são ótimas fontes e podem ser encontradas nos sites www.anvisa.gov.br e www.cvs.sp.gov.br, respectivamente. Além disso, há várias instituições e profissionais autônomos que dão cursos de capacitação em boas práticas. A Coordenadoria de Vigilância em Saúde de Campinas tem alguns cadastrados e as informações estão disponíveis no site: www.campinas.sp.gov.br/saude

Por que implantar boas práticas, afinal?

Só porque a Vigilância Sanitária exige? NÂO! O objetivo das Boas Práticas de manipulação é evitar a ocorrência de doenças provocadas pelo consumo de alimentos contaminados (2).

As doenças transmitidas por alimentos são responsáveis atualmente pela maior parte dos surtos de diarreia em quase todos os países. O desenvolvimento econômico e a globalização do mercado mundial, as alterações nos hábitos alimentares, com a crescente utilização de alimentos industrializados ou preparados fora de casa, alteraram o perfil epidemiológico dessas doenças, expondo a população a vários tipos de contaminantes. Dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) para o período de 1999 a 2002 mostram que cerca de 60% dos surtos de diarreia ocorridos no Estado de São Paulo foram veiculados por alimentos. Apesar de o principal local de ocorrência ser ainda o domicílio (cerca de 20%), restaurantes, refeitórios, bufês e outros serviços de alimentação têm sido responsáveis por um importante percentual de surtos de diarreia ou toxinfecções alimentares (4).

Considerando, ainda, que é conhecido que o fator desemprego tem contribuído para o aumento crescente de algumas modalidades de prestação de serviços comerciais de alimentação, dentre elas comida de rua e mesmo bufês, apesar da legislação vigente, são inúmeros os estabelecimentos ou pessoas físicas que ingressam nesse ramo. E permanecem não apenas como clandestinos, mas desconhecendo as boas práticas de fabricação, preparação, manipulação de alimentos e os fatores de risco e perigos, o que constitui importante desafio para o controle sanitário (4).

Dentre os principais fatores responsáveis por surtos de toxinfecção alimentar, devemos destacar (5):

• Práticas inadequadas de higiene, manipulação e armazenamento;

• Pessoas infectadas, principalmente manipuladores;

• Limpeza e desinfecção deficiente de equipamentos e utensílios;

• Contaminação cruzada (alimento cru/cozido);

• Alimentos perecíveis armazenados em temperatura ambiente;

• Alimentos esfriados em panelas grandes;

• Inadequada conservação a quente;

• Descongelamento inadequado;

• Aquecimento ou cocção insuficiente;

• Reaquecimento insuficiente;

• Utilização de alimentos vencidos.

De quem é a responsabilidade?

DE TODOS. Não é só dos manipuladores, não. É do proprietário que deve se preocupar em dar condições adequadas de trabalho e em manter os manipuladores capacitados passando por reciclagens periódicas; do gerente ao conhecer as normas de boas práticas e cobrar o cumprimento das mesmas pelos manipuladores; do responsável pelas compras ao checar a qualidade higiênico-sanitária dos insumos não se preocupando somente com o preço, e até do pessoal da limpeza.

Quem se propõe a trabalhar no ramo de alimentação deve ter consciência da sua responsabilidade sobre a saúde das pessoas. É preciso capacitar-se, como em qualquer outra profissão. Os cuidados ao preparar um sanduíche no mais simples dos botecos ou uma refeição no mais sofisticado dos restaurantes não devem ser diferentes.  Sabemos que o aspecto financeiro é muito importante, porém não é justo querer lucrar em cima da saúde dos outros. Conhecimentos de planejamento e administração ajudam a evitar desperdícios e assim, obter lucro.

O bom profissional se preocupa em oferecer um alimento que além de gostoso e com preço justo, não vá provocar nenhuma doença ou mal estar no meu cliente. Ele se importa com a saúde das pessoas que frequentam o seu restaurante e está preocupado em manter o bom nome do meu empreendimento.

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

Criação do Cardápio

CRIAÇÃO DO CARDÁPIO

Para se fazer uma criação de cardápio, deve-se levar em conta :




1 – conceito / público alvo / concorrência

A criação do cardápio começa conhecendo-se o conceito a ser elaborado

Exemplos : bar com petiscos mexicanos; restaurante francês com foco em peixes; cantina italiana; fast food de hambúrguer etc.

Para cada tipo de restaurante, o cardápio tem que ter um estilo. Não basta apenas criar boas receitas, elas tem que estar relacionadas ao conceito da casa.

É necessário também, conhecer o público alvo. Para cada tipo de público, você tem uma maneira de executar uma receita. Sabendo como é o público é que escolhemos uma linha ou outra de trabalho.

Ex 1: um sanduíche pode ser servido com talheres ou para comer com as mãos, cada tipo tem seu público.

Ex 2: uma massa pode se servida em pratos individuais ou em travessas que vem a mesa para ser dividido entre duas ou três pessoas. Para as duas maneiras existem público.

Para criar um cardápio e necessário observar também a concorrência para se conhecer o que é mais consumido pelo público, saber os preços praticados, criar pratos diferenciados, conhecer estilos variados de trabalho.

2 - equipamentos existentes na cozinha

A criação do cardápio deve ocorrer paralelamente a estruturação da cozinha. É fundamental criar receitas baseada nos tipos de equipamentos existentes. O foco do cardápio deve estar com os principais equipamentos de cozinha porque esses irão proporcionar uma melhor condição de trabalho

3 - Quantidade de itens no cardápio

Um cardápio com poucos itens é bom para a casa por causa do baixo custo de estoque porém deixa o cliente sem muita opção de escolha. Um cardápio com grande variedade de itens é bom para o cliente porém prejudicial a casa por gerar um grande numero de itens no estoque. Além disso, um grande numero de pratos pode levar a casa a perder o foco inicial (conceito inicialmente proposto) e deixar o cliente sem saber exatamente qual a especialidade do restaurante.

Quando criamos um cardápio temos como objetivo conseguir fazer o maior número de pratos com o menor numero de itens em estoque sem esquecer do conceito.

Os ingredientes devem servir para mais de um preparo porque da a possibilidade de criar um maior numero de itens; além disso, não há perda do produto caso aquele prato não venda já que o ingrediente está também em outra receita

4 - tempo de preparo

Em média uma prato não deve demorar mais do que 15 minutos, por isso, é importante que todos os itens do cardápio tenham um tempo semelhante de preparo para que possam chegar ao mesmo tempo na mesa e o cliente não espere um tempo maior que o esperado. No caso de um prato especial que tenha um tempo diferente dos demais, deve ser feito um comunicado por escrito no cardápio ou excluí-lo para não prejudicar o andamento do serviço.

Para se conseguir um resultado satisfatório no tempo de preparo, é importante que o chef de cozinha faça de maneira adequada o mise en place (pré preparo), caso contrário a cozinha não irá cumprir os prazos adequados

5 - Perecibilidade dos itens pré preparados

Quando criamos um cardápio, não sabemos quanto será sua venda. Para que possamos executar os preparos em um tempo adequado, realizamos o pré preparo de todos os itens e apenas finalizamos na hora do pedido. Se o item não vende, perdemos o preparo.

Assim é importante analisar as vendas após a implantação para se for o caso excluir itens que estão sendo desperdiçados por falta de consumo

6 - custo dos ingredientes

Todo cardápio é baseado em um custo; temos sempre um preço de venda do prato para nos guiar, logo, não podemos usar ingredientes sem nos preocupar com seu preço. As receitas precisam ser comercialmente viáveis, desta forma. deve ser analisada a viabilidade de todos os ingredientes mesmo se esse for uma solicitação do cliente.

7 - ficha técnica

Após criado o cardápio e as receitas, fazemos as fichas técnicas dos pratos.

A função da ficha técnica é ter o custo do prato para que se possa manter um padrão nos preparos e calcular o preço de venda.

A ficha técnica possibilita o acompanhamento dos pratos com relação a porcionamento, modo de preparo, apresentação, rendimento dos produtos.

O que deve ter uma ficha técnica :
- receita
- modo de preparo
- rendimento dos ingredientes ( cálculo de perda na manipulação )
- quantidade de cada ingrediente no preparo
- foto do prato montado

Cada item do cardápio deve ter sua ficha técnica para possibilitar um melhor controle de custo e qualidade durante dia-dia da casa

8 - Preço de venda

Calcula-se o preço de venda baseado nos valores fornecidos pela ficha técnica e demais despesas da casa como folha de pagamento, aluguel, despesas fixas, variáveis etc.

É importante que os pratos tenham preços de venda semelhante para possibilitar a venda de todos os itens e não apenas dos mais baratos

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

MÓVEIS: TÃO IMPORTANTES QUANTO A REFEIÇÃO !

:: MÓVEIS: TÃO IMPORTANTES QUANTO A REFEIÇÃO !
Patrícia Xavier

Entenda por que a escolha dos móveis requer cuidados especiais

Escolher os móveis para o restaurante não é uma tarefa simples. Além do conforto para o cliente, é preciso levar em conta a funcionalidade, a facilidade de reposição e manutenção, sem falar no visual que se quer criar. Além dos móveis que fazem parte dos catálogos, existem aqueles específicos para cada cliente, quando solicitado, com o uso de um material diferenciado.

Mas antes de começar a mudança, algumas dicas são importantes. Osvaldo Santana, da área de vendas da fabricante de móveis Piovezana, de São Paulo, diz que a principal preocupação dos clientes é em relação à qualidade do produto, depois vem o preço. "O investimento tem de ser feito com cautela porque os móveis precisam ter durabilidade", recomenda. A empresa fabrica móveis de madeira e aço tubular. Os tampos para mesas mais pedidos são os de mármore sintético. "Esse material tem boa durabilidade, tem proteção contra raios ultravioleta e além disso é fácil de limpar e não escurece", afirma.



A praticidade no uso também é uma das vantagens apontadas por Wilson Gruman, proprietário da Thonarte, em São Paulo. "O tampo da mesa, a maioria de madeira, recebe um acabamento com verniz poliuretano antimanchas, o que oferece a condição de não se usar toalha", diz. A fábrica da Thonarte produz mesas, cadeiras, aparadores e balcões para restaurantes. "Temos mesa com pé central de madeira ou ferro ou com quatro pés nos cantos e oferecemos mais de 20 tipos diferentes de base. Em relação às cadeiras, nós utilizamos uma técnica única de vergar a madeira, o resultado são linhas mais leves para móveis, com mais curvatura e, além disso, que podem suportar pessoas com diferentes pesos", explica.

Para uso externo, o cliente pode escolher cadeiras de madeira, alumínio ou ferro. Em relação a preços, Wilson prefere não dar exemplos de orçamentos, mas passa algumas dicas. "O começo de ano é bom para comprar por causa das promoções. Além disso, o preço de atacado é mais barato que o de varejo". E na hora de optar pelo melhor fornecedor, uma dica é atentar ao conselho do proprietário da loja de móveis. "Tem de escolher quem oferece produto com finalidade de uso em restaurante, muitos vendem móveis que são adequados para uso doméstico e não comercial." Mesmo com tantos pontos a observar, a escolha direta do fornecedor pode ser uma opção, mas muitos preferem a ajuda de profissionais.

Um exemplo é o restaurante Floriano, no Itaim Bibi, bairro da capital paulista, que contratou um arquiteto para mudar o ambiente. Os móveis escolhidos pelo arquiteto Sérgio Ortiz ajudam a formar a personalidade do local. "Queríamos transmitir um conceito de modernidade e descontração", explica. O amplo salão tem espaço para 136 pessoas. A opção foi pela escolha de móveis e utensílios fáceis de limpar e de repor e que não perdessem a utilidade nos diferentes horários de funcionamento do restaurante. "À noite, a mesa usada para o buffet quente no almoço pode abrigar 12 pessoas. Durante o dia é só recolher os bancos embaixo da mesa. E a mesa onde são servidas as sobremesas no almoço é usada como aparador no jantar", diz o arquiteto. As mesas do salão têm base de ferro com pintura preta e tampos de madeira de demolição. As cadeiras são de madeira laqueada alto brilho e estrutura de ferro.

Na área externa, bem à frente do restaurante, mais 42 mesas criam uma extensão do Floriano, em um espaço parecido com o de uma praça de alimentação de shopping center. O arquiteto Sérgio Ortiz pediu autorização para a administração do local para colocar mesas diferenciadas. "O mobiliário leva o mesmo conceito da casa, mas é de plástico com estrutura de alumínio para suportar a chuva e o vento." Na hora da escolha, a preocupação com a facilidade em lidar com os móveis e com a necessidade de reposição. "As bases das mesas são de linha comercial e os tampos foram desenhados de acordo com a intenção de encaixe da toalha. As cadeiras foram selecionadas em lojas de design com o objetivo de criar um ambiente diferenciado. Tanto as mesas quanto as cadeiras são empilháveis, característica fundamental para facilitar o manuseio e a limpeza do salão", explica Ortiz.

Com larga experiência em decoração de restaurantes, Sérgio recomenda uma revisão da decoração a cada dois ou três anos. E aconselha: "Mais do que conhecer o público, é preciso saber qual que se quer atrair para o restaurante. A pessoa pode escolher os móveis em um catálogo, mas fica tudo igual".

Ao elaborarem o projeto do restaurante Trindade, também no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, os arquitetos Miguel Vigil e Toninho Noronha foram buscar os móveis na Região Sul do País. A preocupação foi conferir praticidade. "As cadeiras são de uma fábrica que trabalha para restaurantes, então a coisa mais simples é encomendar outra, caso uma delas quebre. Os estofados foram feitos em módulos; se alguém está fumando, e o cigarro cai e queima o tecido, tem outro módulo para substituir", diz Vigil. Na opinião dele, é preciso analisar outras questões antes de escolher os móveis. "Existem várias soluções, é preciso saber qual é o público que o restaurante quer atingir e quantas pessoas vai atender."

Para criar o ambiente do restaurante com os móveis desejados, existem fornecedores espalhados por todo o País. Para fazer a escolha, sozinho ou com a ajuda de um profissional, é bom pesquisar para comparar custos, qualidade do produto e prazos de entrega.

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

Gestão Nota 10

GESTÃO NOTA 10

Uma empresa do setor supermercadista, como toda outra empresa, precisa de resultado: O seu lucro uma questão essencial para a sua perpetuação no mercado. São as pessoas que devem ter as ações voltadas para tal resultado; portanto, alguém precisa conduzi-las para este fim. Quem deve conduzir as pessoas de modo a fazer com que as metas sejam atingidas é o Gestor Nota 10 – isto é - o Gerente de Loja, o Encarregado de Setor ( Padaria, Açougue, Hortifruti, Frios e Laticínios, Mercearia, Depósito, etc), o RH, o Empresário.



Ter e ser um Gestor Nota 10 ou um RH estratégico, portanto, é liderar a equipe de colaboradores, provê-la de conhecimentos, atitudes e ferramentas para viabilizar uma operação de loja leve, funcional e um atendimento incrivelmente encantador. Somente focado nesta importante missão que os Gestores passarão a conduzir as pessoas rumo à multiplicação do potencial produtivo individual e corporativo.

Para que isso aconteça efetivamente, é importante que a própria empresa tenha bem definidas as diretrizes voltadas para o potencial humano da organização. A tecnologia já não é mais o diferencial de uma empresa para a outra. Hoje, ela só serve para equalizar uma companhia com a outra, devido à facilidade de copiá-la. O diferencial mesmo é o capital intelectual, praticamente impossível de ser copiado. Por outro lado, nem fábricas avançadas, equipamentos sofisticados, robôs ou tecnologia de ponta alteram a necessidade de adquirir, manter e reter colaboradores de desempenho superior.

A valorização estratégica dos colaboradores implica numa boa contratação de profissionais, num treinamento e desenvolvimento constante, considerando as tendências do mercado e as práticas das melhores empresas para se trabalhar,principalmente tendo em vista que em torno de 60% dos talentos humanos têm a sua primeira oportunidade de trabalho em um supermercado. O Plano de Carreira é a visão nítida do colaborador ( hoje estou aqui, mas poderei chegar até o alto escalão da empresa). O Acompanhamento e avaliação do desempenho ajudará profundamente a evolução do colaborador em sua trajetória profissional.

Os gestores e o Departamento de Recursos Humanos precisam conhecer o negócio do Supermercado e seu mercado de atuação para contribuir no desenho do perfil “ideal” dos profissionais com os quais a empresa quer trabalhar. Sendo assim, os Gestores também precisa participar ativamente já na definição das principais estratégias da companhia.
"Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor!” ( Johann Wolfgang Von Goethe)
A necessidade de líderes também é algo perene, pois, de certo modo, líderes são pontes para o futuro. Mas até por esse compromisso com o futuro, o perfil do líder está mudando. Nas empresas, por exemplo, às habilidades que o caracterizaram até então, somam-se outras, indispensáveis para tempos de mudanças. Está cada vez mais clara a distância entre gerente e líder.

Algumas características dos líderes se perpetuam através do tempo: a oratória, a coragem, as capacidades de envolver, de tomar iniciativas, de não curvar-se diante de adversidades, de perseverar.

Quebrar resistências é um dos grandes desafios dos líderes. “As pessoas fazem as coisas pelas causas delas. O líder é alguém capaz de fazer com que a causa da empresa esteja alinhada à causa das pessoas”, define. Para isso, saber lidar com o próximo será, mais que nunca, a grande habilidade do líder do futuro, em vez da obediência, envolvimento. No lugar da imposição, persuasão.

Mas dos papéis primordiais dos líderes hoje em dia é ser um paladino da mudança. O que quase nunca é fácil. Mudar exige que pessoas abandonem suas áreas de conforto. “Basta ter uma idéia nova, para tornar-se minoria

Ninguém gosta de respeitar pelo medo. Nos padrões modernos de liderança, a empresa tem condições de funcionar muito melhor. Quem ouve as pessoas, conhece as individualidades, sabe elogiar, consegue tirar o máximo delas”.

E haja talento para angariar o envolvimento alheio. Uma das formas mais eficazes ainda é por meio do exemplo. O esporte pode servir de analogia.

Nem sempre o capitão do time é o jogador mais habilidoso ( vide Dunga, capitão do tetra, ou mesmo Pelé, que nunca vestiu a braçadeira de capitão nas três Copas que venceu ), mas geralmente aquele capaz de relembrar ou mesmo despertar o significado da causa pela qual os companheiros estão ali, dedicando momentos de suas vidas.

Líder é aquele que desperta o sentimento de “estar no mesmo barco”. “As empresas têm de, cada vez mais, formar seus líderes para trabalharem no mercado. Só uma pessoa preparada para essa finalidade, vai dar à empresa os resultados desejados.

Extremamente raros os chamados líderes natos, aqueles abençoados com as qualidades de convencer, inspirar confiança, sensibilizar-se com o próximo, saber ouvir, atingir o coração e a mente das pessoas. “líderes bem-sucedidos na política, nos negócios, não nasceram líderes, mas aprenderam a se tornar um, praticaram, trabalharam duro e foram educados para isso”.
J.C. Bemvenutti expõe a sua visão da relação das pessoas com o líder e deste com a organização. “O mundo está ficando tão complexo e as mudanças tão rápidas que um par de olhos é pouco para acompanhá-las. São tantas as variáveis, as modificações, as particularizações que todas as pessoas precisam estar de olhos bem abertos, absorvendo e consolidando informações e as passando para o líder.

No G10 – Gestão Nota 10 – Pilar Recursos Humanos – desenvolvemos o conceito de liderança que "não há um estilo de .liderança que seja o melhor". As pessoas que estão em posições de liderança tornam-se mais eficazes quando utilizam " Tratamentos diferentes para Pessoas Diferentes ", ou seja, quando elas variam seu estilo em resposta às necessidades das pessoas que elas estão tentando gerenciar : às vezes, dirigindo e supervisionando atentamente as pessoas; outras vezes, oferecendo apoio e estímulo; e outras ainda, deixando os subordinados trabalharem a seu modo.

Três habilidades são requeridas para alguém que se torna um Líder : Flexibilidade, Diagnóstico e Acordo de Estilo de Liderança. Flexibilidade implica em que o líder seria capaz de utilizar uma variedade de estilos com naturalidade. Diagnóstico é a habilidade de "ler " a situação e de adaptar seu estilo às necessidades da situação. Acordo de Estilo de Liderança é um processo para chegar a um acordo sobre os objetivos de nossos colaboradores e o estilo de que eles precisam para alcançar estes objetivos.

O objetivo de um Líder é ir ao encontro das pessoas no ponto em que estão e dar-lhes a direção ou o apoio que elas acham que precisam, quando elas precisam.

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

Treinamento de Cozinha e Salão

TREINAMENTO DE EQUIPE DE COZINHA



Antes de iniciar qualquer trabalho de cozinha, a equipe deve receber um treinamento sobre higiene e manipulação de alimentos. Todos os funcionários de cozinha devem conhecer itens como : porque se separa carnes de verduras na hora da manipulação e armazenamento, o que é uma contaminação cruzada, qual a temperatura de maior risco de procriação de bactérias nos alimentos, quanto tempo os alimentos prontos podem ficar fora da geladeira, como usar com segurança o banho-maria.

Só após termos certeza de que toda a equipe tem o conhecimento dos riscos e obrigações de se trabalhar com alimentos é que iniciamos o treinamento do cardápio.

Usando o exemplo do restaurante de massas, iniciamos o treinamento de cozinha definindo os setores de trabalho. Nesse caso teremos :
1 chef
2 cozinheiros ( um para massas outro para carnes )
1 ajudante de cozinha
1 ajudante para lavagem de pratos

Iniciamos o treinamento com o mise en place, ou seja, a equipe precisa antes do horário de abertura da casa, estar com os itens do cardápio pré preparados para que a finalização na hora do pedido não ultrapasse 15 minutos. Devem estar prontos : molhos, porcionamento de carnes e massas, sobremesas etc. Tudo deve estar porcionado para manter um padrão, evitar desperdícios e obedecer a ficha técnica. No momento do pedido, o prato deve ser apenas finalizado.

Após isso a equipe deve receber um treinamento para execução dos pedidos que deve ser dentro de um tempo. O tempo de preparo tem a mesma importância do sabor.

TREINAMENTO DE EQUIPE DE SALÃO

Da mesma maneira que a cozinha, os garçons e barman antes de começar o treinamento devem receber orientações sobre higiene pessoal ( fazer barba, uniforme limpo, cabelos presos etc ) e sobre limpeza do ambiente, o restaurante deve estar limpo e organizado para receber o cliente. Um estabelecimento que trabalha com alimentação não pode aparentar sujo e mal conservado.

O treinamento inicia-se com a divisão da equipe em praças; cada garçom deve ter um grupo de mesas para atender podendo assim dar um melhor atendimento ao cliente. Se não houver a divisão por setores, o serviço ficará sem direção e ineficiente.

Após a divisão dos setores os garçons devem fazer o mise em place, ou seja, organizar as mesas no salão, separar pratos, copos, talheres, galheteiros e demais utensílios par a abertura da casa

É fundamental que o profissional de atendimento conheça detalhadamente o cardápio. Jamais deve-se colocar um garçom para atender sem que ele conheça os pratos vendidos pelo restaurante. Ele deve saber dar sugestões e informação aos clientes.

O bom serviço não é um diferencial, é uma obrigação do restaurante. Mesmo se a comida for boa, um serviço ineficiente é um grande motivo para se perder um cliente.

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

Por que contratar uma consultoria?


Existem diversos motivos para você contratar um consultor, dentre eles podemos destacar:



a) Transferência de tecnologias de gestão

É um dos motivos mais freqüentes. A empresa percebe a necessidade de adotar tecnologias que não domina. A convivência com o consultor nestes casos pode ser limitada a palestras, seminários, ou, o que é mais produtivo, através de acompanhamento do projeto de implantação da tecnologia em pauta.

b) Utilização de Metodologias de gerenciamento de projetos

Menos óbvio que o motivo anterior, costuma ser adotado por empresas que conhecem a dificuldade de implantar projetos complexos sem o auxílio de uma metodologia bem estruturada. Normalmente, projetos que envolvam mais do que dez pessoas justificam uma metodologia, que considere o melhor balanceamento entre maximização de resultados com minimização de esforço de implantação.

c) Auditar processos com visão externa

Estabelecer procedimentos e normas de verificação dos processos internos da empresa, bem como propor sugestões de melhoria nos mesmos.

d) Projetos de Curta Duração sem aumento de quadro funcional

Depois da reengenharia, da readequação da economia à globalização, as empresas chegaram a quadros de pessoal extremamente enxutos. Restaram menos profissionais para dar conta da rotina diária e dos assuntos extras que surgem inevitavelmente. O consultor pode ser contratado para realizar trabalhos que os funcionários fixos não conseguem fazer.

e) Visão de Especialista

Às vezes a organização tem um problema específico, não há ninguém na empresa que entenda em profundidade daquele assunto e não se quer agregar mais um profissional ao seu quadro. Nesse caso é importante a visão de um especialista e não de um generalista.

f) Ter um ponto de vista independente

As empresas podem contratar consultores para apresentar-lhes uma visão independente do negócio, sem que haja um problema específico a ser tratado, mas apenas para contar com mais uma pessoa que pense em conjunto.

g) Treinamento Interno de pessoal

Uma maneira a fim de reduzir custos com grandes projetos de consultoria, alternativamente, seria o estabelecimento de uma metodologia de treinamento, transferindo para a empresa o Know-How necessário.

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

É duro ser chef


Ao descobrirem a extenuante rotina dentro das cozinhas, 80% dos estudantes de gastronomia decidem abandonar a carreira

Viajar o mundo, aparecer em jornais e revistas, apresentar programas de TV. Embalada pelo glamour que cerca a atividade, a carreira de chef tornou-se uma das mais cobiçadas pelos jovens cariocas. O entusiasmo inicial, no entanto, tem dado sinais de que se arrefece com o tempo - ou, para ser mais específico, logo depois do primeiro estágio. De acordo com o Ministério da Educação, 200 alunos no Rio concluíram a graduação em gastronomia em 2010. O número corresponde a apenas 20% dos estudantes matriculados. Enorme em comparação com a de outras carreiras, a evasão de 80% é uma reação à intensa rotina de trabalho nas cozinhas. Longe dos holofotes e da fama, o iniciante precisa enfrentar jornadas que extrapolam dezesseis horas de trabalho, exigem que se esqueça de vaidades básicas, como pintar as unhas, fazer maquiagem ou usar perfume, e incluem longos períodos de atividade nos fins de semana e feriados. “Muitos acham que vão entrar na faculdade e virar profissionais estrelados no dia seguinte”, afirma Cláudia Fortes, coordenadora da Estácio de Sá, a pioneira a criar o curso, em 2001. “Trata-se de uma estrada que leva anos para ser construída, demandando disciplina, empenho e dedicação.”

A maior parte dos aspirantes a mestre-cuca é de jovens na casa dos 20 anos, oriundos de famílias de classe média ou alta, mas com pouca ou nenhuma ideia dos desafios da profissão. Ter bom poder aquisitivo pode ser necessário para o início, uma vez que só existe uma universidade pública no Rio com graduação em gastronomia e o preço das mensalidades das particulares é alto. O curso da Estácio de Sá, por exemplo, custa entre 1370 e 1691 reais ao mês. Quando a juventude dourada e bem-nascida vai em busca do primeiro estágio, vem o choque: a disparidade que existe entre sonho e realidade é gritante. Um assistente, já formado, ganha em média 1 000 reais, valor que está bem abaixo daquilo que os calouros imaginavam quando decidiram encarar as panelas. E um estágio pode render algo como 600 reais, o equivalente a dois jantares, com acompanhante e vinho barato, em um restaurante de três cifrões.

Sem um salário atraente, o iniciante sofre mais um solavanco ao receber a lista de atribuições. Em muitas cozinhas, será dele a missão de descascar batatas, lavar as folhas das saladas e limpar o chão no fim da noite. São tarefas pelas quais a maioria dos chefs tarimbados já passou antes de liderar uma grande brigada, mas que muitos principiantes não têm o hábito de encarar - nem mesmo em sua própria casa. “A maior parte dos estagiários pede demissão logo nos primeiros dias de trabalho. São raros os que aguentam até a segunda semana”, conta a premiada Roberta Sudbrack, que antes de abrir seu restaurante no Jardim Botânico comandou em Brasília a equipe do Palácio da Alvorada.

Iludidos com a possibilidade de sair da faculdade dando ordens, criando pratos ou abrindo o próprio restaurante, mesmo os mais persistentes se frustram com a dureza da labuta. Cansado de lidar com exames e problemas de saúde, o radiologista Carlos Eduardo Vieira decidiu levar a sério seu hobby de fim de semana. Com a bagagem adquirida na faculdade, abriu uma lanchonete. Dois anos depois, jogou o avental: “Ralava mais do que antes e não compensava financeiramente”. De volta aos laboratórios, passou a ganhar o dobro do que tirava à frente de uma casa. Uma de suas colegas de classe, Paula Prandini, insistiu. Só que para chegar a chef e sócia do Stuzzi, sucesso de público no Leblon, seguiu o caminho oposto. Mesmo formada, investiu em cursos e estágios no exterior, trabalhou com chefs consagrados como Roland Villard, do Le Pré Catelan, e em estabelecimentos estrelados do Guia Michelin. Enquanto seus amigos comemoravam o réveillon de 2009, Paula estava no batente, ajudando a preparar a ceia do Sofitel. “Passei a virada do ano com uma panela de purê nas mãos”, recorda-se. “É muito sacrificante, sim, mas faria tudo novamente.” Pelos cálculos de Paula, só três pessoas de sua turma, que tinha trinta alunos, continuam na área. Como se vê, é preciso muita paixão - e disposição - para encarar a vida de chef.

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

Gestão de Custo nos Restaurantes


À medida que aumenta a necessidade de realizar refeições fora de casa, seja essa por opção ou por motivos de tempo devido ao trabalho, existe uma proporção inversamente a esse crescimento é a qualificação de gestores no que se diz respeito a gestão de custos
 
Diante do crescimento gradativo do mercado de refeições fora de casa, surge então a necessidade de pesquisar e analisar a gestão dos restaurantes, de apresentar e discutir as problemáticas vivenciadas pelos restaurantes, como falta de planejamento e controle, principalmente dos custos , do desempenho, da falta de mão de obra qualificada para o setor, das questões trabalhistas, e de tantas outras inerentes ao setor.
 
"O Controle dos Custos sempre foi problema em Restaurantes"

Contudo, em função do constante crescimento deste mercado de alimentos, atualmente é grande e crescente o número de empresas no ramo alimentício que não consegue sobreviver às exigências do mercado, o qual visa qualidade com baixo custo, em função da melhor precificação, da lucratividade e da competitividade existentes.

Portanto, administração de custos hoje, trabalhando na sua redução, é um fator fundamental para administrar cautelosamente todos os seus processos, atividades, bem como oferecer um planejamento verdadeiro para decisões futuras, não somente a curto prazo mas também a longo prazo, vencendo nesta atualidade competitiva, onde os clientes estão cada vez mais exigentes e buscando melhores custos/benefícios, podendo aderir a estratégias de mercado com seriedade e responsabilidade. Um fator que dificulta a
gestão dos restaurantes é a mão de obra ser praticamente toda artesanal e má qualificada, ao contrário das outras empresas que estão investindo em treinamento, capacitação e tecnologia para minimizar custos e tentar maximizar lucros.
 
Estas empresas também vivem problemas com relação à falta de profissionalização dos seus fornecedores. Neste ramo é difícil encontrar bons fornecedores , não somente em termos de prazo de entrega como em termos de qualidade dos produtos além da falta de gestão da logística e da cadeia de Suprimento para Restaurantes. Isto dificulta sobremaneira o processo de compra que, na verdade, ocupa uma posição importante na estrutura de custos da empresa. O processo de compras deve estar em perfeita sincronia com o planejamento da produção. Neste ramo, comprar bem é vital para a viabilidade do lucro

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

Alimentação fora do lar deve crescer mais de seis vezes acima do PIB

Mercado de produtos e serviços para refeição fora de casa deve crescer 13% este ano, apesar da crise internacional, e sustenta investimentos em iguarias e restaurantes

Com faturamento estimado em R$ 238 bilhões em 2012, 13% superior ao registrado no ano passado, o mercado de alimentação fora do lar deve crescer mais de seis vezes acima do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, previsto para fechar abaixo de 2%. O dinamismo que permitiu expansão anual do setor acima dos dois dígitos nos últimos cinco anos perdeu ritmo diante do crescimento de 17% registrado no ano passado. O cenário de desaceleração econômica, porém, não impediu que o mercado conhecido como food service (serviço de alimentação) crescesse 11% no primeiro semestre. As expectativas agora recaem sobre o desempenho dos últimos seis meses.

Na expectativa de aumentar em oito vezes o número de clientes, a Plena Alimentos não poupa investimentos para crescer a reboque do comportamento cada vez mais usual entre as famílias de comer fora de casa. Há 10 meses investiu R$ 6 milhões para implantação de uma divisão voltada apenas para o fornecimento de carnes bovinas e derivados para o segmento de food service. “De lá para cá quadruplicamos o número de clientes que passou de 500 para os atuais 2 mil na Grande BH. Em um ano, esperamos chegar a quatro mil”, estima Cássio Silva, diretor de negócios da Plena Alimentos. Para atender a uma carteira de compradores cada vez mais exigente, a empresa prepara novo aporte de R$ 3,5 milhões voltado para desenvolvimento de novos produtos. “Esperamos que o faturamento do mercado de food service, hoje equivalente a 10%, chegue a 40% em dois anos”, afirma.
De “boca cheia” Mercado não deve faltar. Há dois meses, o empresário Leonardo Marques inaugurou o serviço de comida a quilo no Boteco da Carne, estabelecimento que até então funcionava apenas à noite. “Sem nenhuma propaganda já atingimos, em 60 dias, a capacidade máxima de refeições servidas diariamente”, conta o sócio da casa e dos restaurantes Costelaria Monjardim e Gonzaga Butiquim. São, em média, 200 pratos vendidos diariamente. “O que nos motivou a oferecer o self-service foi o necessidade de crescimento e a oportunidade de atender a forte demanda deste mercado”, explica Leonardo.

Mercado promissor

De olho neste movimento, a Rede Gourmet, grupo que agrega nove estabelecimentos em BH, abriu há dois meses uma nova unidade da Pizzaria Olegário, desta vez na Savassi. “Acabamos de investir cerca de R$ 400 mil na segunda filial da Olegário Express. No início, vendemos de 50 a 60 pratos por dia. Agora, chegamos a 150”, afirma o diretor de operação, Pedro Martins da Costa. “Já estamos chegando no limite da casa para serviço de almoço”, acrescenta o empresário. O resultado foi alcançado em tempo recorde. “A nossa estimativa é de que chegaríamos a este volume em seis meses, mas aconteceu na metade do tempo”, observa Pedro.

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

Alimentos impulsionam inflação



Segundo o IBGE, o tomate, que apresentou alta de 50% em julho .

A inflação para as famílias brasileiras com renda de até 40 salários-mínimos atingiu 0,41% em agosto, desaceleração frente a julho, quando o resultado foi de 0,43%. No entanto, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi superior ao que os economistas e analistas esperavam. O Boletim Focus do BC (Banco Central), publicado na segunda-feira, previa que a variação média dos preços fosse positiva em 0,38%.

E o tomate, mais uma vez, apresentou o maior ganho de peso para o bolso do consumidor, com encarecimento médio de 18,9% frente a julho. Assim, o grupo alimentação e bebidas registrou a maior variação do indicador, 0,88%, desacelerando frente ao mês anterior (0,91%). Em agosto de 2011, o IPCA encerrou com alta de 0,37%. Neste ano, o índice já acumula expansão de 3,18%, enquanto no mesmo período do ano passado o registro era de 4,42%. Em 12 meses, a pressão inflacionária já incorpora 5,24%, 0,4 superior na comparação anual.

Grupos- Apenas um grupo de produtos e serviços apresentou deflação em agosto. Comunicação caiu 0,1%, frente a acréscimo de 0,15% do mês anterior. O grupo saúde e cuidados pessoas subiu 0,53%, assim como Educação (0,51%), despesas pessoais (0,42%), artigos de residência (0,40%), habitação (0,22%), vestuário (0,19%) e transportes (0,06%).

Comida - O grupo alimentos, com destaque no mês, contribuiu com 0,21 ponto percentual na inflação do mês, ou seja, 50% do indicador. Segundo o IBGE, o tomate, que apresentou alta de 50% em julho pela escassez de oferta, desacelerou para incremento de 18,9% no mês passado. Assim, o fruto já acumula inflação de 76,4% no ano.

A conta é simples para saber quanto mais caro está o tomate neste ano em relação ao fim de 2011. Se eram gastos R$ 3 por quilo do fruto, hoje está em R$ 5,28, ou seja, alta de 76% é o mesmo que R$ 2,28 a mais no preço.

No Grande ABC, segundo levantamento da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), o fruto está bem mais caro também por aqui. A alta para o consumidor, com base em pesquisa de preços nos supermercados, entre janeiro e agosto, chegou a 122%.

O problema é que as regiões de plantio do produto enfrentaram clima atípico, com chuvas. Assim, houve decréscimo na produção e menor oferta. Para compensar os preços baixos do começo do ano, período em que o calor amadureceu mais rápido a safra, os produtores estão recompensando a queda nos preços.

A cenoura acompanha o tomate na lista dos maiores encarecimentos do ano. Já acumula avanço de 65%. Em seguida está o alho, com 39%, a batata inglesa, com 22%, o ovo de galinha, com 12,7% e, para infelicidade dos boêmios, as bebidas alcoólicas estão 4,5% mais caras.

Diferentemente do que era aguardado, como reflexo do avanço da demanda e dos preços do milho e da soja, que são ingredientes das rações de gado, a carne não apresenta inflação relevante ao consumidor. Segundo o IBGE, os valores desses produtos variaram 0,69% em agosto e acumulam queda no ano de 5,74%.

No mês, as cinco maiores deflações também são de alimentos. São eles o feijão-carioca (-9,2%), açaí (-6,7%), feijão-fradinho (-4,6%), feijão-mulatinho (-4,61) e o subgrupo hortaliças (-3,8%).
Impacto - Quem mais sofre com altas intensas nos preços dos alimentos são as famílias menos abastadas. Isso ocorre devido a maior parte do orçamento ser comprometido com a compra de comida.

Prova disso é o resultado do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de agosto, também do IBGE, que aponta inflação para as famílias com renda de até seis salários-mínimos. O indicador ficou acima do IPCA, com alta de 0,45%, tendo em vista que os produtos alimentícios incluídos na pesquisa tiveram encarecimento médio de 0,89% e os não alimentícios de 0,27%.

REGIÕES - A Grande São Paulo empatou com a região metropolitana de Goiânia com a menor inflação de agosto. Ambas registraram 0,31%. Por outro lado, os moradores de Belém tiveram maior peso no bolso, com aumento de 0,72%

Fonte: Diário do Grande ABC.

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

Serviço de delivery deve crescer 14,5% nos próximos anos



Estudo da Rizzo Franchise revela ascensão da atividade de entrega nos estabelecimentos de alimentação; maior atividade está em SP.

Os serviços de entrega praticados pelos estabelecimentos do segmento de alimentação estão em franca ascensão. A informação faz parte de uma pesquisa divulgada pela Rizzo Franchise nesta semana.

De acordo com o levantamento, os estabelecimentos comerciais que entraram para o setor de “Alimentação Delivery” já respondem, desde 2010, por um incremento de R$ 74 milhões no faturamento de 615 unidades.

“Mais de 260 estabelecimentos de alimentação entraram para o setor de entregas no período contribuindo para a geração de mais de três mil empregos diretos”, informa o estudo.

Expectativa
E, para o futuro, a expectativa é ainda melhor. Segundo a Rizzo Franchise, a previsão até dezembro é que o número de estabelecimentos que tenham serviços de entrega de alimentação chegue a 676. Já para os próximos anos, a estimativa é que o crescimento deste setor atinja 14,5%.

“A maior concentração das empresas franqueadoras do setor de alimentação delivery está na cidade de São Paulo (62%), mas devido à forte expansão dessas redes, muitas cidades do interior do País estão sendo contempladas com a instalação de varejos de alimentação exclusivamente delivery”, explica o proprietário da Rizzo Franchise e autor da pesquisa, Marcus Rizzo.

Fonte: InfoMoney 

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

6 empreendedores que fazem sucesso com cafés gourmet



Eles investiram em cafeterias premuim, com seleções especiais de grãos e contam como se deram bem neste mercado.


Puro ou com leite, o café tem lugar garantido na maioria das mesas brasileiras. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), 87% das residências têm pelo menos uma pessoa que consome café. Hoje, o Brasil é o maior produtor e exportador global de café e ocupa a segunda posição em consumo, com quase 20 milhões de sacas de 60 quilos consumidas entre maio de 2011 e abril de 2012.

É principalmente na cidade de São Paulo que hoje alguns empreendedores faturam com a bebida. Segundo a pesquisa Tendências de Consumo 2009, da Abic, cresce cada vez mais a demanda porcafeterias e locais para consumo de café fora de casa. O estudo revelou também que os consumidores estão dispostos a pagar mais por um café de mais qualidade.
Para os especialistas, mesmo que as pessoas não saibam tecnicamente os detalhes de um bom café, a maioria dos consumidores já sabe reconhecer uma bebida de qualidade. Veja nas fotos as histórias das cafeterias que investem em produtos gourmet.

O investimento em uma unidade do Santo Grão varia de 400 mil a 2 milhões de reais. “Nossa expansão é muito orgânica, quando nós temos dinheiro suficiente, uma pessoa na equipe pronta para assumir e achamos um bom ponto abrimos mais uma unidade. Já temos o próximo investimento e vai ser o primeiro fora do estado de São Paulo”, conta.

Santo Grão
“O café é uma ferramenta para as pessoas sentarem e conversarem com os outros ou com elas mesmas”. É assim que o neozelandês Marco Kerkmeester enxerga seu principal produto. No Brasil desde 2001, ele levou dois anos para planejar e inaugurar seu próprio negócio, a rede de cafeterias Santo Grão.

Antes, trabalhou como diretor na IBM e lembra que as cafeterias costumavam ser seu escritório. “Depois de quatro meses no Brasil, eu voltei para Nova Zelândia para pegar meu visto permanente e queria tomar um bom café. Vi como era difícil achar um Brasil e percebi uma oportunidade no mercado”, conta. Hoje, a rede Santo Grão tem seis unidades e transforma os próprios funcionários em sócios para expandir. “Não vejo outro jeito para criar um ambiente gostoso se não com pessoas comprometidas com o cliente”, diz.

O crescimento, no entanto, depende de superar a barreira do ponto comercial. “Achar um bom ponto é um desafio”, diz. Além disso, o empresário garante que é preciso ânimo para servir 400 xícaras de café por dia, com um horário que vai das 8 horas da manhã até 1 hora da madrugada.

Suplicy Cafés Especiais
A Suplicy Cafés Especiais surgiu em 2003, com cafeterias em São Paulo. “O café no Brasil não é uma coisa nova. É um hábito arraigado. Quando a gente nasceu, o hábito do brasileiro tomar café já estava na maioria dos lares”, conta Marco Suplicy, sócio-fundador da marca.
Para ele, hoje o consumidor está começando a olhar o café com mais atenção, em um movimento semelhante ao que aconteceu com o vinho anos atrás. “No país do café, não tem quem entenda de café. O maior desafio que nós enxergamos é uma maior educação do consumidor”, diz.

Neste ano, a marca anunciou a venda de 45% da empresa para o fundo TreeCorp. O dinheiro deve ser usado para acelerar a expansão com novas unidades. Hoje, a rede conta com oito cafeterias e pretende inaugurar 80 lojas nos próximos três anos. “Em termos de faturamento, vamos crescer 100%”, diz, sem revelar seus números de faturamento.
Com 300 xícaras de café servidas por dia a 5 reais cada, a Suplicy Cafés Especiais investe em franquias para crescer. “O nosso franqueado vai gastar uns 300 mil reais para abrir uma loja de shopping”, diz. Para ele, o frescor do café, que vem da torra recente do grão, é indispensável para ter um café especial. "Eu tenho certeza que para quem mexe com qualidade nosso mercado está nascendo”, diz.

Coffee Lab
Vencedora do primeiro Campeonato Brasileiro de Baristas, realizado em 2002, Isabela Raposeiras diz que, por incrível que pareça, nunca quis ser dona de uma cafeteria. “Como eu não gosto de ter cafeteria e tinha que ter, eu tive de um jeito que não me ferisse. É um jeito de me deixar confortável, é meu laboratório. As pessoas vêm tomar café no meu laboratório”, explica. É assim que ela define o Coffee Lab, misto de escola e cafeteria que comanda.
Com investimento de 500 mil reais, o lugar oferece “rituais” com o café, como uma harmonização da bebida com queijo. “Um dos segredos do Coffee Lab é que a gente não faz o que o cliente quer. A gente entende mais de café. Eu presto atenção no cliente que gosta do que a gente gosta”, diz.

Para ela, o maior desafio do negócio é conseguir aumentar o ticket médio sem deixar de ser uma cafeteria. “É um desafio fazer o negócio ser sustentável sem virar restaurante. Muitos começam com cafeteria e comidinhas e, de repente, estão servindo almoço e refeição”, explica. 
Com faturamento de 105 mil reais por mês e mais de 500 bebidas servidas por dia, Isabela brinca que tem alergia de ouvir falar em franquias. “Rede jamais. Eu tenho planos de crescer isso aqui, mas não de multiplicar. A gente trabalha de um jeito muito específico que é pouco multiplicável”, diz.

Café Kahlúa
O mineiro Ruimar de Oliveira Junior montou o Café Kahlua, localizado no centro de Belo Horizonte, em 1993 com a ajuda do pai. Faltando seis meses para se formar, ele trancou a faculdade de ciências da computação e resolveu viajar. Foi quando conheceu a rede Starbucks, sua inspiração. “Voltei para o Brasil, vi um anúncio de uma cafeteria à venda, vendi meu carro e resolvi investir”, conta.

A partir de 2003, o empresário resolveu focar no café e na sua degustação. Entrou para um grupo de associações de cafés especiais e durante quatro anos viajou para diferentes países para conhecer o hábito e a forma de preparo da bebida. “Em uma das viagens comprei um torrador pequeno e comecei a fazer a minha própria marca”, explica Junior.
A cafeteria tem cafés preparados com grãos de oito regiões brasileiras e de países como Colômbia, Costa Rica e Quênia. As opções internacionais variam de acordo com a disponibilidade. Todos os funcionários da empresa são treinados para trabalhar como baristas.

Com faturamento médio mensal de 150 mil reais, 70% da receita vem da venda das 600 xícaras de café servidas diariamente. O estabelecimento também vende acessórios para produção da bebida e lanches para acompanhar a degustação do café, que custa a partir de 4,30 reais.

Armazém do Café
Inaugurado em julho de 1997, o Armazém do Café, localizado na cidade do Rio de Janeiro, é comandado pelo economista Marcos Modiano. Sua família exportava café e ainda adolescente, por sugestão do avô, começou a trabalhar no departamento de seleção dos grãos. Mas foi só aos 47 anos que Modiano, cansado do mercado financeiro, resolveu investir em uma cafeteria.
Viajou com a esposa para países como Espanha, Itália, França, Canadá e Estados Unidos para analisar como as cafeterias funcionavam. “Sabia que tinha que torrar meu próprio café e em pequenas quantidades”, afirma Modiano. Hoje, ele tem sete lojas na capital carioca, especializadas na venda de café em grão e moído. Além disso, também são oferecidos utensílios para interessados em preparar a bebida em casa.

Modiano conta que 50% da receita das lojas vem da venda do café e o faturamento médio mensal varia de 50 mil a 60 mil reais. Por dia, são vendidos de 400 a 600 doses da bebida. Entram na conta drinks e cappuccinos. O cliente pode optar por oito tipos de cafés brasileiros.
“O grande desafio do negócio é o de manter o estabelecimento com o custo altíssimo das locações”, explica. No caso do Rio de Janeiro, ele ainda diz que ninguém toma um cafezinho em um dia muito quente. A partir de novembro, de acordo com Modiano, a empresa disponibilizará um site para vender o café da marca para pessoas físicas e restaurantes.

Octavio Café
A cafeteria Octavio Café foi inaugurada em 2007, na capital paulista, e os grãos de café produzidos nas fazendas da marca são a matéria-prima das bebidas servidas. O cultivo de café especial em Pedregulho, no interior de São Paulo, foi descoberto por Octavio Quercia. Somente no final da década de 1990, Orestes Quercia, o filho de Octavio, se dedicou para desenvolver a marca de café.

No local, além de degustar um espresso, é possível comprar utensílios como coadores de diversos modelos, cafeteiras e grãos torrados e moídos. Em agosto, foram vendidas 15.091 xícaras de expressos e drinks com base em café, deste total, 39% é do café puro. O espresso Ocatvio custa 5,10 reais. Há opções como o café gelado que é preparado com suco de laranja, café, limão e açúcar. A chef Kyka Toledo é responsável pelo comando da cozinha da cafeteria. Também são servidos lanches e pratos, oferecidos no almoço e no jantar.

Fonte: Exame 

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

Aposentadoria especial para trabalhadores de bares e restaurantes


Em proposta oficial, senador alega que os profissionais são expostos a condições prejudiciais à saude

"Seu garçom faça o favor de me trazer depressa/ Uma boa média que não seja requentada/ Um pão bem quente com manteiga à beça/ Um guardanapo e um copo d´água bem gelada". A intensa rotina dos garçons, retratada na canção Conversa de Botequim, composta em 1935 pelo sambista Noel Rosa em parceria com Vadico, pode ser abreviada em alguns anos conforme projeto apresentado pelo senador Gim Argello (PTB-DF). O parlamentar propõe que esses profissionais e outros do setor de bares e restaurantes tenham direito a concessão de aposentadoria especial. A medida está prevista no Projeto de Lei do Senado 652/11.

Pela proposta, além de garçons, trabalhadores que atuem nas funções de maître, cozinheiro de bar ou restaurante e confeiteiro também poderão ter direito a se aposentar mais cedo, após 25 anos de contribuição. O projeto altera a Lei dos Planos de Benefícios da Previdência Social (8.213/91), e a Lei 8.212/91, que trata do custeio e organização da seguridade social.

Benefício
A aposentadoria especial é concedida a pessoas que trabalharam em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física, expostas a agentes químicos e biológicos. O tempo de contribuição para as aposentadorias especiais é reduzido, variando de 15, 20 ou 25 anos dependendo do tipo de exposição do segurado.

O autor da proposta, senador Gim Argello (PTB-DF) argumenta que profissionais que atuam em bares e restaurantes são submetidos a condições prejudiciais à saúde como a necessidade de permanecer em pé durante longos períodos e a exposição a forte variação de temperatura, em câmaras frigoríficas, fogões e fornos, o que justificaria a concessão do benefício.

"Sabe-se que esse tipo de serviço cobra seu preço nas condições de saúde do trabalhador, notadamente na forma de lesões e afecções doaparelho locomotor e de moléstias do sistema respiratório e na pele (no caso dos cozinheiros e confeiteiros", argumenta Gim Argello.

Prevendo o impacto nas contas da Previdência Social da possibilidade do menor tempo de contribuição para esses profissionais, o parlamentar sugere também, no projeto, que haja acréscimo de 1% (um por cento) no valor das contribuições das empresas que contem com profissionais dessa categoria em seu quadro funcional.

O projeto aguarda designação de relator na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS).

Fonte: Diário do Nordeste

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

ADULTERAÇÕES NO SETOR ALIMENTÍCIO

ADULTERAÇÕES NO SETOR ALIMENTÍCIO

Livro mostra como azeite e outros alimentos são falsificados

Domênico Ribatti, um italiano que fez fama nos anos 80 como um dos maiores comerciantes de azeite de oliva em seu país, foi condenado à prisão, em 1993, acusado de fraude. Ele recebia toneladas de óleo de avelã da Turquia, de navio, e vendia como azeite extravirgem na Itália.
Quem conta a história é o norte-americano Tom Mueller, que acaba de lançar "Extra Virginity", livro no qual desdobra sua investigação sobre a adulteração de azeite.

Especializado no óleo, o chef André Castro, do D`Olivino, está de acordo com a tese do autor, de que não há oliveiras suficientes para atender a demanda pelo azeite de oliva, e que isso ativa a falsificação do produto.

"Alguns até apresentam traços do óleo extraído do caroço da azeitona", diz.

Para Ingrid Schmidt-Hebel, coordenadora do curso de tecnologia em gastronomia do Senac, as adulterações no setor tendem a se intensificar. "As fraudes estão se sofisticando. Dificilmente o consumidor tem condições de identificá-las."

E a solução? "É preciso ter leis para a fabricação de alimentos e, na outra ponta, uma fiscalização rigorosa."

Búfala
A mozarela de búfala, queijo fresco feito com 100% de leite de búfala, também sofre adulteração. "A fraude vem da demanda crescente. Os produtores compram leite bovino [mais barato e abundante], fabricam o queijo e vendem por preços inferiores", diz Pietro Baruselli, professor de veterinária da USP e membro da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos.

Para não cair em armadilhas, busque um queijo branco e brilhante --a adição de leite bovino dá coloração amarelada, muitas vezes camuflada com branqueadores.

Sua massa deve ter aroma de leite fresco, sabor suave e levemente adocicado. Na textura, procure consistência macia, mas firme, para que não despedace --quando levam porcentagem de leite bovino, costumam esfarelar.

Nem os vinhos escapam. Há alguns anos foi descoberta uma rede internacional que falsificava vinhos italianos. Policiais apreenderam um grande lote de vinho de mesa italiano que seria vendido como Barolo, Brunello di Montalcino e Chianti.

Os vinhos de € 2 eram comprados engarrafados, mas sem rótulo, e levados para a Alemanha, onde recebiam etiquetas falsas. Lá, eram vendidos por € 100.

Em "Historie de la Qualité Alimentaire" (sem tradução no Brasil), Alessandro Stanziani se concentra nas fraudes de vinho, carne, leite e manteiga. Para ele, os consumidores devem ser informados para que tenham liberdade de escolher um produto.

"A responsabilidade do Estado é assegurar que a informação do fabricante ou do produtor está correta."

Fonte: Folha de S. Paulo

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

CERTIFICAÇÃO VALORIZA OS PRODUTOS

CERTIFICAÇÃO VALORIZA OS PRODUTOS


Indicação Geográfica garante reputação e identidade própria

Presunto italiano de Parma, queijo Roquefort e Champagne francês são produtos reconhecidos em todo o mundo pela sua forte marca e características exclusivas. No Brasil, a cachaça de Paraty, o café do Cerrado Mineiro e o vinho do Vale dos Vinhedos são exemplos de alimentos com registro de Indicação Geográfica (IG). A certificação confere qualidades específicas do local de produção, o que atribui reputação, valor e identidade própria, além de distinguir os produtos em relação aos seus similares disponíveis no mercado. São itens que apresentam uma qualidade única em função de características naturais como solo, vegetação, clima e saber fazer (know-how).

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apoia e fomenta as ações para a concessão de selo para Indicação Geográfica. O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) é a instituição que concede o registro e emite o certificado. Existem duas espécies ou modalidades de Indicação Geográfica: Indicação de Procedência (IP) e Denominação de Origem (DO). No Brasil, sete produtos receberam selos de IG na espécie Indicação de Procedência e um produto recebeu na espécie Denominação de Origem.

Os produtos com registro na modalidade Indicação de Procedência são os vinhos e espumantes do Vale dos Vinhedos (RS), café do Cerrado Mineiro, carne e derivados do Pampa Gaúcho, cachaça de Paraty (RJ), uva de mesa e manga do Vale do Submédio São Francisco (BA e PE), couro acabado do Vale dos Sinos (RS) e vinhos e espumantes de Pinto Bandeira (RS). Já o produto com registro em Denominação de Origem é o arroz do Litoral Norte Gaúcho.

O primeiro passo do Ministério para apoiar as ações de Indicação Geográfica é diagnosticar produtos com potencial de IG. Esse levantamento considera a importância social, cultural e econômica para a região, bem como o atendimento aos requisitos para proteção de indicação geográfica. Além disso, para dar suporte técnico aos produtores no processo de Indicação Geográfica, o Mapa treina fiscais federais agropecuários atuantes no Serviço de Política e Desenvolvimento Agropecuário (SEPDAG) e outras áreas afins, além dos investimentos na capacitação em Propriedade Intelectual, envolvendo representantes de entidades parceiras e de empresas vinculadas.

Arroz - Um dos produtos que recentemente recebeu o registro de Indicação Geográfica foi o arroz do Litoral Norte Gaúcho. O reconhecimento do arroz gaúcho na modalidade de IG como Denominação de Origem contou com o apoio de diversas instituições, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Inpi - que concede o registro -, além do Ministério da Agricultura. O Mapa presta assessoria técnica às associações de produtores a fim de que eles atendam aos requisitos da IG. No caso do arroz gaúcho, treinamentos promovidos por técnicos do ministério abordaram a organização da produção e incentivaram medidas de agregação de valor e diferenciação do produto.

A principal peculiaridade do arroz produzido no Litoral Norte gaúcho é a maior porcentagem de grãos inteiros e a baixa taxa de gessamento, que confere maior translucidez e cor branca mais intensa ao grão. Essas características são verificadas devido à influência dos ventos, da temperatura e da umidade que predominam na área. O vento constante e a quantidade abundante de água na região, pela proximidade com a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico, proporcionam clima e temperaturas estáveis. Essas condições são ideais para o cultivo do arroz, reconhecido e valorizado pelos atacadistas e beneficiadores de todo o país, como produto de melhor qualidade e maior rendimento. As informações são do Mapa.

Fonte: Diário do Comércio/MG

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

FACA DE ESTIMAÇÃO

FACA DE ESTIMAÇÃO

Chefs contam a relação afetiva com o utensílio, explicam por que odeiam quando outros cozinheiros mexem no seu jogo e são até parados pela polícia por andar com ela

Ela está para os chefs como a guitarra estava para Jimi Hendrix. A faca é o xodó, a queridinha dos cozinheiros.

E nem pense em cobiçar a do próximo. Mexer com a faca do colega é sinônimo de problema. Simone Bert, chef do peruano Wanchako, em Maceió, que o diga.

"Quase infartei nesta semana. Pegaram a minha faca e ainda quebraram a ponta."

Julio Hiroshi, do Sushi Hiroshi, em Santana, São Paulo, também já passou por dias de fúria por causa disso.

"Um ajudante de cozinha pegou a minha faca de sashimi para desossar um frango", afirma, em tom de revolta.

Tanto ciúme tem razão de ser. Simone explica que, se a faca passa por várias pessoas, ela perde o fio. "Isso acontece porque cada um usa o corte de um jeito", diz.

O estrago no bolso também é grande. Segundo Hiroshi, a faca que ele perdeu com o uso indevido do colega hoje custaria US$ 1.350 (R$ 2.200).

Se uma faca vale tudo isso? "Com uma dessa eu corto 50 kg de sashimi sem perder o corte. Com a de R$ 200, corto 5 kg e já era."

Além do ciúme da faca, outra coisa que os chefs têm em comum são as cicatrizes.

"Tenho uma coleção delas", diz Diego Belda, do Rothko, em São Paulo.

"Já me cortei até tirando faca de sashimi da caixa", diz. "Na cozinha, cheguei a ir ao hospital dar uns pontinhos e voltar correndo trabalhar."

Daniela França Pinto, do Lola Bistrot e do Marcelino, ambos na Vila Madalena, também se lembra dos momentos difíceis que passou com seus xodós. Quando fazia o curso de gastronomia, chegou a ser parada pelo menos duas vezes pela polícia.

"Como explicar que eu não era uma assassina ou um samurai andando com aquele monte de facas? Tinha de mostrar o ralador e o dólmã para convencer os policiais."

Daniela dá a dica do instrumento ideal: "A melhor faca é a afiada. Com ela se faz menos força e, consequentemente, corta-se menos", diz.

Erros comuns

O nipo-pernambucano Taró Matsumoto, presidente da Associação Brasileira dos Restaurantes da Boa Lembrança, é o homem a quem todos os chefs do Recife recorrem quando o fio de suas lâminas perde a precisão. Seu aprendizado foi no Japão, onde o corte é tão ou mais importante que a cocção.

Segundo ele, o erro mais comum é usar a faca como batedor. "A faca adequada para bater nos alimentos e quebrar ossos é o cutelo. Nenhuma outra, por melhor que seja, suporta o choque", diz.

Fonte: Folha de São Paulo - 11/08/2011

Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.

O MOBILIÁRIO É UM IMPORTANTE ELEMENTOS NOS BARES E RESTAURANTES

O MOBILIÁRIO É UM IMPORTANTE ELEMENTOS NOS BARES E RESTAURANTES

O mobiliário é um importante elemento nos bares e restaurantes, e suas características devem ser coerentes com a identidade visual do estabelecimento e com o público de interesse. Abaixo seguem algumas sugestões de estilos de mobiliários e suas vantagens e desvantagens.

CORES E MATERIAIS
Elas influenciam na percepção que os clientes têm sobre o ambiente. As cores da mobília devem ser coerentes com o restante da ambientação. É a integração entre forma, cor e material que proporciona aos ambientes características próprias, sejam elas despojadas, jovens, austeras, tradicionais, contemporâneas, entre outras. Por exemplo, em ambientes que priorizam o público feminino, como casa de chá, normalmente usa-se linhas orgânicas, e materiais quentes, como a madeira e cadeiras estofadas. Em relação às cores, é importante um estudo das características do público de interesse, pois mesmo definido que os usuários são mulheres, elas podem ser jovens, de meia idade, extrovertidas, tradicionais, e essas especificidades interferem na criação da identidade visual. O tempo de permanência no restaurante ou bar também influencia no estofado. É necessário atentar-se para evitar materiais frios, como alumínio, em cadeiras do qual as pessoas permanecerão sentadas por muito tempo.
image
Refeitório: Mesas fixadas no piso, cadeiras resistentes e sem braços, permitindo que pessoas de diferentes pesos utilizem o mobiliário.
image
Lanchonete: Público jovem. Ambientação com cores vibrantes, mesas altas deixam o espaço despojado, e o pouco espaço entre elas proporciona interação entre os clientes.
BASES DAS MESAS E CADEIRAS:
As bases das mesas devem facilitar o encaixe das cadeiras. No mercado, encontramos cadeiras com bases bonitas e contemporâneas, porém, algumas apresentam instabilidade caso as pessoas assentem-se muito perto da borda. As cadeiras com quatro pés são mais estáveis e transmitem a sensação de segurança, além de serem essenciais para o cliente idoso. Aquelas com braços são recomendadas em restaurantes com refeições demoradas. É interessante evitar os modelos mais estreitos, e caso opte por esses, colocar no salão opções de assentos mais amplos, para serem usados por pessoas obesas.
MEDIDAS DOS MOBILIÁRIOS E ESPAÇOS ENTRE MESAS E CADEIRAS:
O empresário deve analisar o cardápio e o perfil dos seus clientes para escolher o melhor tamanho para o mobiliário. Para uma refeição confortável, uma pessoa precisa de uma mesa com aproximadamente 60 cm de largura e 35 cm de profundidade, considerando ainda uma faixa livre de 20 cm para apoio de travessas, acompanhamentos, entre outros, resultando em uma profundidade ideal de 80/85 cm. As medidas variam de acordo com o cardápio e serviço. O mais importante é verificar, antes de comprar o mobiliário, o espaço que as refeições ocuparão na mesa. Um restaurante fast-food utiliza espaços menores, em comparação aos que oferecem refeições sofisticadas, pois estes necessitam de superfícies maiores, para disposição dos utensílios e taças.
Referências bibliográficas: Livro: Arte de Projetar em Arquitetura – 17ª Ed. Autor: NEUFERT.
Leonardo Botelho Estrela
lbestrela@gmail.com
ESCOLA DE COZINHA AGORA É COZINHEIROS DO BEM BRASIL clique no link abaixo e conheça o projeto.